Há situações em nossa vida, como por exemplo uma doença grave, e muitas vezes irreversível, diante da qual nos sentimos impotentes.
O que fazer?
As reações são as mais diversas. Uns desanimam e se entregam. Outros se desesperam como se tudo estivesse perdido. E não faltam aqueles que procuram se iludir com um otimismo nem sempre condizente com a realidade.
Qual seria a melhor atitude?
Ser realista, porém, confiando na providência divina e procurando nutrir uma profunda esperança.
Por que chegamos a esta conclusão?
1º) O desânimo
Entregar-se à doença, além de complicar a situação, acaba abreviando a vida ou a qualidade de vida.
2º) O desespero
Esse nunca nos traz benefício algum, muito pelo contrário, nos tira a razão e a visão de uma saída muitas vezes viável.
3º) O otimismo
À primeira vista, parece a melhor atitude, porém, poderá nos levar a uma frustração e decepção muito maior, porque, no fundo, não passa de uma ilusão, pois o fato de dizer e esperar que tudo vai dar certo nos leva à acomodação. Seria esta a melhor medida? Pode ajudar, porém não tem consistência.
Então, o que nos resta fazer?
4º) Ser realista
Fazer tudo o que está ao nosso alcance, porém confiando na providência divina, que certamente fará acontecer o que for melhor. Isso nos leva à esperança, que não cura, mas pode dar ânimo ao paciente para que ele continue a lutar por sua melhora. Ela inspira coragem para superar o medo durante o processo difícil do tratamento. Há dados que mostram que os pacientes esperançosos recuperam mais rapidamente a saúde e têm uma taxa de sobrevida maior. A esperança também tem a função de colocá-lo como árbitro final do seu destino. É da esperança que o paciente tira a energia para continuar tentando, mesmo quando sabe que são poucas as possibilidades de sobrevivência. Então, mesmo nas situações mais graves, é preciso manter a esperança e contar com a graça divina, que não falha quando isso for para o nosso bem.
Cônego Pedro Paulo Scannavino
Paróquia São João Batista
