É muito interessante constatar como cada cabeça pensa de maneiras totalmente diversificadas. Enquanto alguns se preocupam com o essencial, em partilhar o que sabem, o que aprenderam, o que possuem, para ver com alegria que sua contribuição fez a comunidade crescer e conscientizar-se para melhor, outros se desgastam egoisticamente em defender direitos autorais, em aparecerem aos olhos dos outros como personagens de destaque, em mostrarem originalidade, como “únicos autores” seja lá do que for. Quantos apelam para processos e denúncias de plágio etc., etc. Por quê? Para quê?
Eu pergunto: Será que existe algo “exclusivo” e “original”, que nasceu tão apenas da minha cabeça e da minha própria capacidade?
Consciente ou inconscientemente, tudo o que fazemos, pensamos e construímos sofre influência do que foi partilhado por alguém ou alguns. E vale muito a pena ter a sensibilidade em assimilar tudo o que for bom e útil e divulgá-lo aos quatro ventos.
O que seria de uma semente que não quisesse morrer para produzir centenas de outras sementes e saborosos frutos que irão beneficiar tantas pessoas?
Aproveitemos as belezas da vida e contribuamos para a felicidade, amadurecimento e crescimento da sociedade que nos rodeia. Divulguemos o que há de bom em nós. Deus nos criou para o amor, para a partilha e para a solidariedade, para sermos felizes e fazermos o próximo feliz.
Sinta que a vida é bela! Descubra que existe um sol dentro de você! Faça tudo para sentir-se feliz a cada amanhecer e saber que o amor é a grande força! Com determinação e perseverança, lute para realizar-se dentro do projeto do nosso Criador!
Neste tempo de preparação para o Natal de Jesus, examine o seu proceder e proponha-se a mudar aquelas atitudes que ainda o escravizam ao egoísmo, à vaidade, à presunção... e peça para que Deus mude o seu coração para o acolhimento, a solidariedade, a partilha, o desapego...
Cônego Pedro Paulo Scannavino
Paróquia São João Batista