Tamanho não é documento

 Constatamos que grandes animais selvagens podem até conviver harmoniosamente com o ser humano, desde que sejam domesticados adequadamente. São grandes, selvagens, porém, se domesticados “devidamente”, acabam sendo inofensivos ao homem civilizado.
 Uma formiga pequenina parece tão inofensiva e frágil que pode ser esmagada com apenas dois dedos, porém, pode derrubar uma casa, se formar um formigueiro no alicerce da construção, trabalhando em conjunto com suas companheiras.
 Que dizer do mosquito, também chamado pernilongo, que pode transmitir a Febre Amarela, a Dengue ou outras doenças com apenas uma “picadinha”? O ser humano, com todo o seu potencial e capacidade, muitas vezes se vê “refém” desse inseto tão pequeno e aparentemente tão inofensivo. Prova disso é essa calamidade que estamos enfrentando por causa da Dengue e outras doenças mais!
 Fazendo um paralelo, no campo espiritual, podemos constatar algo semelhante. Quantos, no seio de nossas comunidades, acham de pouca valia pequenos gestos de caridade, atenção, acolhimento amoroso e oportuno, mesmo discreto e quase imperceptível aos olhos dos outros!? São atitudes que podem, por incrível que pareça, marcar uma vida ou dar início a uma conversão existencial.
 Negativamente, quantos são aqueles que acreditam que “pecados” são somente os “graves”, pois os demais são “pecadinhos” de pouca importância!? Quem se habitua e se acomoda numa pobre vivência cristã, não dando a mínima atenção aos pecados menos graves, também chamados “veniais”, com facilidade cairá nos pecados “graves”, pois os “pequenos” acabam enfraquecendo a vontade e “anestesiando” a consciência. Quando menos se espera, essa pessoa está afastada de Deus.
 Jesus nos alerta: “Estejam preparados, pois não sabem nem o dia e nem a hora que serão chamados para a eternidade” (cf. Mt 24,42).
 Aproveitemos bem o nosso tempo de vida terrena, sendo sempre fiéis e atentos às oportunidades e ocasiões para fazer o bem, e evitemos o máximo possível praticar o mal, seja na intensidade que for. Vale a pena! Pode crer!

Cônego Pedro Paulo Scannavino
Paróquia São João Batista
Clima Bebedouro

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