Hoje, em todo Brasil, as atenções estão voltadas para a festa popular do Carnaval.
Por que a data do Carnaval muda todos os anos e como podemos saber a origem dessas mudanças?
A data do Carnaval muda, e você pode fazer as contas e descobrir quando vai ser o próximo. O ponto de partida é o dia 21 de março. Olhando o calendário, veja qual é a primeira lua cheia após essa data. Daí, encontre o primeiro domingo depois dessa lua cheia. Pronto, assim você achou a data da próxima Páscoa. Agora, é preciso fazer as contas para trás. Conte 47 dias para trás. O quadragésimo sétimo dia será a Quarta Feira de Cinzas e o primeiro sábado antes dele será o início do Carnaval.
E o que dizer diante desta festa folclórica, pagã e tradicional de nosso povo?
Os saudosistas que na sua infância, adolescência e juventude sempre gostaram e brincaram nessa festa, por certo guardam agradáveis recordações daqueles Carnavais que não voltam mais. A lembrança que permanece é de um Carnaval familiar e sadio, onde, no mesmo espaço, dançavam pais, filhos e netos numa boa. Acham até que é uma festa popular digna de ser conservada.
E agora? Será que encontraremos ainda esse ambiente sadio e familiar a ponto de pais e educadores recomendá-lo? Por dentro da realidade carnavalesca de hoje, será que nós, cristãos conscientizados, temos como reagir, contrariando a maioria e evitando participar desta festa nos moldes em que aí está? E adianta esbravejar, condenar, ameaçar os foliões?
Não percamos inutilmente nosso tempo. Em vez de falar, tomemos uma atitude firme e consequente.
Lendo a passagem bíblica de Davi e Golias, será que poderíamos fazer um paralelo desse acontecimento com os dias de hoje? Como será que o povo escolhido de Deus, Israel, reagiu ao ver à sua frente um gigante chamado Golias, liderando o poderoso exército filisteu, uma vez que tinham como líder um menino frágil chamado Davi, com apenas um estilingue na mão?
De fato, o confronto entre ambos os líderes se deu. Qual foi o vencedor? Historicamente, sabemos que foi Davi. Mas como? Quando se tem determinação aliada à proteção divina, o forte se torna fraco e o frágil, vencedor.
Diante disso, encaremos o Carnaval de hoje! Realmente, nos sentimos como o menino Davi diante do gigante Golias. E vale a pena reagir? Não seremos fragorosamente derrotados? Acredito que não. O Carnaval existe e está aí. Depende de cada um de nós transformá-lo, com a graça de Deus, em três ou quatro dias de feriado onde uniremos o útil ao agradável.
Tente e verá!
Cônego Pedro Paulo Scannavino Paróquia São João Batista