Incoerências da vida moderna

Quanto mais observamos o comportamento humano, mais percebemos incoerências. Assim, devemos nos conscientizar que muito temos a aprender.

Por exemplo: Quantos que, entediados com a infância, se apressam em crescer e, depois, desejam ser crianças novamente?! Quantos perdem a saúde para ganhar dinheiro e, em seguida, perdem o dinheiro para recuperar a saúde?! Quantos pensam demasiadamente no futuro e se esquecem de viver o presente, de tal modo que não vivem nem o presente nem o futuro?! Quantos vivem a vida como se nunca fossem morrer e morrem como nunca tivessem vivido?!

Temos muito a aprender com a própria vida e com as circunstâncias diárias!


Vou citar alguns exemplos que confirmam o que eu digo:

1) Aprender que o mais valioso não é “o que temos”, mas “quem temos” como companhia em nossa caminhada;

2) Aprender que uma pessoa rica não é aquela que tem o máximo, mas aquela que precisa do mínimo;

3) Aprender que se leva apenas uns poucos segundos para abrir feridas profundas na pessoa que se ama e que pode levar muitos anos para curá-las;

4) Aprender que existem muitas pessoas que nos amam com sinceridade, porém, simplesmente não sabem como expressar ou mostrar seus sentimentos;

5) Aprender que dinheiro e posição social podem comprar quase tudo, exceto a felicidade duradoura;

6) Aprender que duas pessoas podem olhar para a mesma coisa e vê-la de maneiras diferentes;

7) Aprender a perdoar quem nos prejudicou; ter consciência de que nem sempre é suficiente ser perdoado pelos outros, mas que também devemos perdoar a nós mesmos;

8) Aprender que as aparências podem nos enganar, pois, como diz uma música popular antiga: “nem tudo o que reluz é ouro, nem tudo o que balança cai”;

9) Aprender que não basta descobrir e apontar erros e defeitos, mas reconhecer e valorizar as virtudes próprias e as do próximo;

10) Aprender que para Deus nada é impossível. E mesmo que o seja aos nossos olhos, podemos tudo com a graça de Deus e nosso esforço.

Finalizando, quando tudo parecer perdido, ainda nos resta a esperança de encontrar sempre, de braços abertos, o nosso Deus que nos ama.


Cônego Pedro Paulo Scannavino
Paróquia São João Batista
Clima Bebedouro

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