Mistérios da Natureza

Hoje, o ser humano, mergulhado e envolvido pela correria, pela ansiedade, pelo imediatismo, pela ganância, acaba deixando a vida passar sem vivê-la.

Quem de nós já não ficou surpreso ao perceber que está mais velho, que as crianças cresceram e os tempos mudaram?

Há quanto tempo não andamos tranquilos, a pé, observando os detalhes de uma flor, a beleza de um riacho, o brilho da lua e das estrelas, a magnitude silenciosa do nascer e do pôr do sol?

O sol nasce pela manhã e, imediatamente, os pássaros começam a cantar. Eles surgem voando de todos os lados, celebrando e dando as boas-vindas ao novo dia por meio de suas canções. O sol não age diretamente sobre eles, mas algo acontece. O ambiente que cria faz com que os pássaros se sintam vigorosos, jovens e vivos. As flores começam a desabrochar. O sol não está se dirigindo a cada flor, forçando-a a se abrir, pelo menos não de forma direta. Entretanto, seus raios dançam ao redor da flor, dando-lhe calor e encorajando-a delicadamente. As flores têm de ser tocadas de uma forma suave, pois se forçarmos suas pétalas a se abrirem violentamente, elas não resistirão. O sol simplesmente cria o clima e o ambiente para que elas possam desabrochar. Um desejo interior surge dentro delas, um instinto misterioso entra em sintonia com o calor do sol. As flores se abrem e começam a exalar seu perfume.

Quantas lições para nossa vida a natureza criada por Deus nos transmite!

Nossa missão de pais e educadores pode se espelhar nesse contexto. Não se trata, na educação dos filhos e discípulos, de obrigá-los a aceitar nossos conceitos, mas de proporcionar ambiente propício para que nossas palavras venham a criar certo campo de energia no qual a “flor da educação” possa se abrir, e nossos “alunos” tenham coragem suficiente para dar o “salto” por meio do qual o milagre da transformação se torne possível.

Aprendamos a lição da natureza e aproveitemos a vida que Deus nos proporciona, vivendo-a intensamente, com responsabilidade e consciência!