“Existem três tipos de pessoas: as que fazem acontecer. As que veem as coisas acontecerem. As que se perguntam: O que aconteceu?”. (Philip Kotler)
Era uma vez um jardineiro que estava cuidando de rosas em um lindo jardim. Ele pensava assim: “O que é melhor? Um ramalhete de rosas em um vaso com água? Ou uma roseira plantada?” Imediatamente veio a lógica da resposta: “Melhor rosas plantadas porque teem a vida prolongada para florir e reflorir, sendo sempre uma obra de arte da natureza a encantar as pessoas...”
E o jardineiro falava baixinho: “Um dia o homem vai entender a magia e a beleza de um roseiral como patrimônio natural que protagoniza o espetáculo, embelezando e perfumando o ambiente”. “E mais”, raciocinava o jardineiro, “Flores vivas são a explosão das cores da primavera. A rosa é deslumbrante, mas é frágil e tem a vida encurtada quando tem como destino um vaso com água”.
O jardineiro estava quase terminando a sua tarefa no jardim, quando ouviu uma voz assim: “Jardineiro?” Era uma rosa falante. Falante até demais. “Admiro o seu capricho para que nós estejamos sempre lindas e bem cuidadas, mas fico preocupada porque são poucos os jardins que teem rosas. Será que as pessoas não gostam de rosas? Afinal não é tão difícil cultivar rosas! Nós não exigimos cuidados especiais como as exigentes orquídeas. Basta apenas terra adubada e um pouco de água todos os dias. Fácil não?”
“Concordo, disse o jardineiro, mas você tem alguma idéia para que rosas sejam plantadas nos jardins das casas da cidade?” “Ah, é fácil!”, disse a rosa falante. “A Prefeitura poderia ser parceira dos munícipes”.
“Como seria essa parceria quis saber o jardineiro?” E a rosa prosseguiu: “A prefeitura organizaria um concurso anual e no mês de dezembro premiaria os cinco jardins das casas da cidade, inscritos com as mais belas rosas e arranjos florais. A Prefeitura faria a sua parte fornecendo as mudas de flores e um folheto contendo dicas para o plantio e o cuidado com as rosas”.
“Beleza rosa! Entendi direitinho!”, disse o jardineiro. “Vou levar esta sugestão ao Prefeito e com certeza ele vai motivar os moradores para que embelezem os seus jardins. Também o melhor projeto arquitetônico com flores na decoração seria premiado. Isto seria uma atração turística no Natal”.
E a rosa falante terminou o diálogo assim: “Nas escolas as crianças seriam orientadas pelos professores para trazer mudas de rosas e de outras espécies florais para serem plantadas nas áreas verdes da escola. O Horto Municipal poderis vender mudas de flores aos turistas, sendo os benefícios da venda destinados à merenda escolar”.
Após este relevante diálogo entre o jardineiro e a rosa, podemos entender que o homem está se distanciando e muito da natureza.
Mas uma coisa é certa um dia ele vai ter que se despedir para todo o sempre da rosa e agradecer por ela ter participado de sua vida. Só não sabemos se a rosa terá motivos para agradecer por ter o homem participado tão pouco de sua vida. O convívio do homem com as flores é muito importante porque o dia em que não houver lugar digno para as flores, não haverá lugar digno para a humanidade saudável.
A rosa da ilustração ao lado é a espécie “Rosa Blueberry”. Essa rosa veio do Quênia e já está adaptada ao clima do Brasil. Ela pode ser adquirida na Expoflora, feira de flores realizada em Holambra (SP) agora no fim do mês de setembro. Passeio imperdível! Quem desejar mais informações sobre espécies de roseiras entre em contato com Adriano Rooyen – E-mail: a.rooyen@dglnet.com.br
O roseiral é de cultura fácil sendo sempre tempo de cultivar. Para os apaixonados por flores há o “Guia de Jardinagem Caseira” produzido pelo: “São Paulo Garden Club”, com excelentes dicas de cultivo mesmo em apartamentos. Encomendas pelo Tel. (11) 5541-8750 (SP) ou www.calendariodojardim.com.br
Reflexão – José Nava amava as flores em especial cultivava rosas. Ele nos deixa esta linda trova, com muito amor:
“A rosa em qualquer jardim,
Do mais nobre aos mais plebeus,
É uma prece de louvor,
Que a terra dirige a Deus”.
Encerramos este texto citando Saint Germain. “Se você descobriu que, o que você gosta é fazer jardinagem, caminhar, escrever... Seja o que for, assuma o compromisso com você mesmo de promover esse espaço de alegria, de doação, de felicidade a você mesmo, todos os dias. É um pequeno espaço, mas o suficiente para fazer você ser mais feliz”. Isso é pura verdade!
Antônio Valdo A. Rodrigues