“Amar dói! É como sentir-se esfolado e saber que a qualquer momento a pessoa se vai com a sua pele”. (Susan Sontag)
O saber a gente aprende com os mestres e com os livros. A sabedoria é o conhecimento aplicado e a gente aprende com o tempo, vivendo. Essas são palavras de Cora Coralina. Ela tem razão, não importa que sejam momentos de inclusão ou de exclusão, tudo faz parte, mesmo porque nem sempre a vida é boa para nós. Conviver com presenças e ausências esse é o nosso roteiro existencial.
Amor ausente? É possível que a culpa seja tua. Reclamas porque não encontras quem te faça feliz. Não seria correto encontrar alguém que você possa fazer feliz? A vida é uma fantasia, uma ilusão. É possível com um pouco de sabedoria entender essa “mentira chique”. Os momentos são cíclicos. Ninguém chega à “terra prometida” sem passar pelo deserto. Mas quando lá chega vem a certeza que outra caminhada árdua o espera. É sempre o inesperado com gente chegando, gente saindo, todos deixando um pedacinho do coração ou ansiando levar o coração de volta a alguém.
Os pensadores tentam nos transmitir experiência, não para nos indicar caminhos, até porque cada um tem o seu, mas para fortalecer nossas fraquezas. Cecília Meireles nos traz coisas especiais pertinentes ao tema: Amar nem sempre é ser amado. São momentos de preciosa sabedoria.
“Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou... Importa que a vida tenha sempre um recomeçar. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo. É fazer outra leitura da vida para identificar novos focos que você quer alcançar.
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado! Chorou muito? Foi limpeza da alma! Ficou com raiva das pessoas? Foi oportunidade para perdoá-las um dia! Pois é, agora é o momento de reiniciar, encontrar significado nos acontecimentos e enxergar mais oportunidades.
Está se sentindo sozinho? São tantas as pessoas que você afastou com suas atitudes de isolamento e egoísmo... São muitas pessoas que estão esperando apenas um sorriso teu para se aproximar de você. Talvez um telefonema, uma carta, uma visita, uma flor com uma mensagem... Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos. Ficamos feios e com expressão pesada, ficamos horríveis! Os espelhos estão aí para nos mostrar que o sorriso sempre funciona positivamente.
Recomeçar... É o grande cenário e propósito da vida. Sonhar outros sonhos, planejar com mais sabedoria e humildade e incluir Deus em nossos planos. Saber o que desejar e não se aborrecer, não se decepcionar com os acidentes de percurso. Quando desejamos o melhor, quando lutamos pelo melhor, o melhor vai aos poucos se instalando em nossa vida”.
A humanidade tem duas metades. Uma é formada por uma coleção de personalidades amarguradas e frustradas, repercutindo inquietações, é amor ausente! A outra metade é composta por pessoas persistentes que se satisfazem em colecionar mais e mais momentos felizes, é o amor presente. Não há ponto final para o afeto. Afeto verdadeiro é eternidade. Apesar de nós a vida continua a acontecer e o Senhor sempre nos resgata para novas oportunidades.
Renata Paccola expressa assim a magia do amor presente: “Uma lágrima que escorre traz mais brilho à própria face. Porque para cada sonho que morre, há um novo sonho que nasce”.
Alberto Caeiro também dá uma forcinha: “Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo”. Precisa mais?
Reflexão – O amor é velho, o amor é novo, o amor é você. Não importa o tipo de homem que você é. Seja do tipo que acredita no amor. Deveríamos temer menos a morte, mais o uso insuficiente do amor.
Dorme silenciosamente em todas as pessoas o bem, o bom, o belo, a quase plenitude do amor que parece nos dizer a todos os instantes: Apressa-te a viver tendo forte parceria com o amor e pensa fortemente que cada dia é por si só uma vida. Até porque sempre vão existir vidas se misturando com a nossa vida.
Isso é amor presente. Você gosta? Eu adoro! No caso de você não ter ideia do que estou falando, não se preocupe você vai entender um dia... Afinal em que creem os que não creem na ternura?
Correção – No texto publicado em 09/07/16: “A última maçã”, considere como correto a atriz: Amanda Maya e não Luciana Stipp. Desculpe, o erro foi meu.
Antônio Valdo A. Rodrigues