“Cada pessoa é um universo. É uma pena que nas pessoas exista mais egoísmo, mediocridade, que grandeza”.(Indira Gandhi)
O egoísmo é amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos interesses alheios. Pois bem o resultado disto é que o homem deixa de ter uma visão marcante, surpreendente e confiável sobre a vida, para ter uma visão ingênua e descuidada. Amadores é tudo o que somos, amadores. Vivemos mais entre o que é: comum, normal, ordinário, às vezes grotesco, pouco sobrando para o sublime.
Eternidade é apenas uma palavra que deveria ter melhor significado para nós, até porque nós influenciamos a eternidade sem que ela possa dizer onde termina nossa influência. Fala a verdade, não parece que nos sobra cultura, modernismo, mas nos falta sensibilidade emocional? O homem insiste em conviver com a “egolatria” dos seus sentimentos pagãos consentidos.
O filósofo Dostoievski afirma que: “O amor passa e a incompatibilidade permanece”. O amor é tudo que é necessário para tornar este mundo melhor habitável e mais espiritual. É o que vamos exercitar agora, o direito de estar sempre junto com os melhores e à frente do tempo. Vamos pegar uma carona com o filósofo Hugo Lapa e fazer uma analogia com o “Espírito e o Ego”.
“O espírito é o ser eterno... O ego é passageiro. O espírito é luz... O ego é sombra. O espírito existe é real é essência... O ego é falso é ilusório é apenas aparência.
O espírito é o mar... O ego é apenas uma onda que vem e vai. O espírito diz: quero que sejas feliz... O ego diz: quero ser feliz. O espírito diz: quero ser... O ego diz: quero ter.
O espírito diz: estou em harmonia com a vida universal... O ego diz: eu sou mais eu, o resto é o resto. O espírito diz: eu busco a verdade... O ego diz: eu quero impor a minha verdade.
O espírito diz: permito que a existência flua através de nós... O ego diz: eu sou autosuficiente. O espírito diz: minhas imperfeições representam degraus para crescer... O ego diz: eu já sei tudo.
O espírito diz: sou feliz com o que tenho... O ego diz: quero ter cada vez mais poder, autoridade, popularidade. O espírito diz: no universo não há superior ou inferior... O ego diz: sou melhor que você.
O espírito diz: tenho paciência... O ego diz: tenho pressa para realizar. O espírito diz: aprendo a lidar com emoções desconfortáveis... O ego diz: Não acredito em mudanças na vida.
O espírito diz: procuro compreender sem julgar... O ego diz: eu julgo, mesmo sem conhecer. O espírito diz: eu encontro respostas em meu interior. O ego diz: o que importa é a vida exterior material.
Os sábios em todas as épocas sempre disseram: “O espírito é vida é profundeza. Demonstra sabedoria aquele que vive pelo espírito e não pelo ego”.
A vida sempre vai ser imprevisível, repleta de expectativas, desafios, mas, oh! Senhor nos ajude a ser o filho, o pai, o esposo, o profissional que o Senhor quer que a gente seja! Ninguém está acima do bem ou do mal. Todos teem a responsabilidade de fazer do mundo um lugar mais justo. Isso não é fácil! Gandhi nos traz alguns ingredientes para alcançar esse bem comum: “Calma na contrariedade; paciência na cólera; fortaleza no temor; imaginação na ausência de perspectiva e principalmente esperança no poder de Deus que nunca desiste do homem apesar das suas faltas e transgressões e seus momentos de descontrole emocional”.
Reflexão – Deus nos dá um mundo legal. Nada mais justo do que devolver a Ele um mundo moderno, surpreendente, mas, completo e mais humano. Na verdade a vida da gente é um difícil rascunho. É um projeto sempre maior do que nossa experiência. O homem sempre vacila na sua reflexão. E fazendo escolhas erradas ele pensa que é, mas não é o que deveria ser...
Permita-nos evocar neste encerramento o magistrado Sérgio Moro que define assim a estupidez, a ignorância do ser humano: “Estupidez é conhecer a verdade, ouvir a verdade, ver a verdade, mas ainda assim, acreditar na mentira”.
Fácil entender que a verdade é um bem é uma luz! O ego é ausência de propósitos elevados, honestos. Isto faz o homem viver alucinadamente em busca do que não encontra. O ser humano precisa de mais Luz!
Antônio Valdo A. Rodrigues
