O magistrado

“Juventude é uma longa intoxicação. Ela é a razão em estado febril”. (Sócrates)


Viver em tempos modernos não é fácil! Há ao mesmo tempo sentido e falta de sentido. Quer um exemplo? A juventude é naturalmente efervescente. Quando em sala de aula há aqueles alunos que nem sempre querem aprender e batem de frente com aqueles professores que insistem em querer ensinar. Esse é o nosso caso de hoje. Vamos conhecer os fatos.

Manchete do Jornal. MÃE DE ALUNO PROCESSA PROFESSOR POR TER TOMADO CELULAR EM SALA DE AULA. JUIZ NEGA O PEDIDO. Segue o noticiário: “Um aluno que teve seu celular tomado pelo Professor, não será indenizado. O Juiz Eliezer Siqueira de Souza, da 1ª Vara Cível e Criminal de Tobias Barreto, no interior do Sergipe, julgou improcedente um pedido de indenização que um aluno pleiteava contra o professor que tomou seu celular em sala de aula.

De acordo com os autos do processo, o educador tomou o celular do aluno, pois este estava ouvindo música com os fones de ouvido durante as explicações do Professor em sala de aula.

O estudante foi representado por sua mãe, que pleiteou reparações por danos morais diante do sentimento de revolta. Além de um enorme desgaste físico e emocional.

Na negativa, o Juiz afirmou que: “O professor é o indivíduo vocacionado a tirar outras pessoas das trevas da ignorância, da escuridão, para trazer às luzes do conhecimento, dignificando-lhes como cidadãos. O magistrado se solidarizou com o professor e disse: ‘Ensinar era um sacerdócio e uma recompensa. Hoje, parece um carma’. O juiz ainda considerou que o aluno descumpriu uma norma do Conselho Municipal de Educação, que impede a utilização de celular durante o horário de aula, além de desobedecer, repetidas vezes, as ordens do Professor em sala de aula.

O Juiz Eliezer ainda entendeu que:“Não houve abalo moral, já que o estudante não utilizava o celular para trabalhar, estudar ou outra qualquer atividade. Julgar procedente esta demanda é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional deste país, privilegiando a alienação e não a educação, para valorizar as novelas, os filmes, os Reality Shows, a ostentação, o Bullying intelectivo, o ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectivamente improdutiva que vem assolando os lares do país fazendo às vezes de educadores, ensinando falsos valores, conceitos errôneos e implodindo a educação brasileira”, declarou o Magistrado.

Por fim, o juiz ainda faz uma homenagem ao professor: “No país que virou as costas para a Educação e que faz apologia ao hedonismo inconsequente, através de tantos expedientes alienados, reverencio o verdadeiro Herói Nacional.”

“Enfrentar todas as intempéries para exercer a sua cátedra, seu mister, ensinando com sacerdócio, com altivez de caráter e propósito é próprio de um  Professor idealista que todos nós queremos ter!”


Parabéns Juiz de Direito Eliezer Siqueira! Competência, boa vontade, sensibilidade são sempre bem vindos! Na verdade que homem que é um homem, que não traz de casa: normas, limites, regras, disciplina, respeito, referências morais que toda mãe deveria ensinar e que representa o sentido à vida?

Que filhos são esses que não obedecem aos pais? Que pais são esses que não exercem autoridade sobre os filhos? Acho que eles não conhecem a Deus, mas, Deus os conhece muito bem! Haverá um dia em que terão que prestar contas do mal que fizeram e do bem que deixaram de fazer. Por enquanto ficam com a insensibilidade e o desamor que é a resposta mais simplista e irracional que dão sem o compromisso de construir um mundo mais digno. É Nietzsche está corretíssimo: “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maior parte das pessoas apenas existe!”


Reflexão – O bom aluno não precisa dizer que é bom aluno... Suas atitudes falam por si. Professor você é também um educador esse cara legal! Vale à pena insistir. Não deixe o ânimo arrefecer! Aja sempre tendo a certeza que você faz a diferença! Seja a mudança que tanto quer ver no mundo! Um covarde é incapaz de demonstrar disciplina e amor. Isso é privilégio dos corajosos. E eles estão nas famílias e nas salas de aula.

Quanto a nós, ficamos perplexos ao perceber que:“O homem não veio do macaco...”. Vem vindo!


Antônio Valdo A. Rodrigues
Clima Bebedouro

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