Mente aberta

“A vida tem uns achados felizes. Mas ela não é uma festa que a gente imagina que exista”. (Gabriela Mistral)


O mundo é uma fábrica de desejos, mas a realização pertence aos persistentes e criativos. A verdade é que, quem enxerga com os olhos da imaginação, enxergamelhor. Vamos ver de perto que nós temos liberdade de criação e de expressão e para isso não há limites.

Um professor desejava mexer com a imaginação de seus alunos. Em um dia de redação retirou todos os objetos que estavam sobre a sua mesa, deixando-a livre. A seguir pediu para que seus alunos descrevessem em detalhes o que estavam vendo sobre a mesa. Um dos alunos, o mais líder logo disse: “Mas professor, não existe nada sobre sua mesa!” O professor estava esperando a deixa e respondeu: “Sobre a mesa não há nada, mas em sua imaginação há”. Querido aluno, você vai colocar sobre a mesa o que você quiser e que está em sua imaginação e vai descrever em detalhes”. Perfeito professor, bravo! Você mestre foi muito criativo, parabéns!

Em uma redação escrever é humano, usar a imaginação é divino! Todas as matérias da grade curricular permitem a expansão da imaginação e da criatividade. A mudança comportamental se torna mais fácil e suave quando o professor pesquisa alternativas para tornar o ensino mais atraente. Quem ganha com isso são os alunos. Eles ficam auto-motivados e aprendem a utilizar a imaginação com mais freqüência.

Em todas as salas de aula, sem exceção, há alunos “disléxicos” em diferentes níveis de dificuldade. São aqueles que confundem as letras paraler e para escrever. O raciocínio lógico em matemática é lento.Pegue um cubo mágico coloque na mão dos alunos. Os que não conseguirem resolução são disléxicos. Não são “burrinhos”, são “disléxicos”. Em outras matérias do currículo eles se destacam. São alunos normais apenas destoam dos demais na velocidade da aprendizagem. Como professor sei o que estou falando, cometi muitas injustiças por não conhecer essas diferenças individuais. Com certeza a mudança comportamental vai acontecer mesmo nestes casos, desde que o professor estabeleça estratégias diferenciadas para os disléxicos. Aqui vamos lembrar um imperdível ensinamento de Bergson: “Se o aluno não aprendeu é porque o professor não ensinou!”.

É recomendável que o mestre e todos os alunos assistam ao filme indiano: “Como estrelas na terra”. Conteúdo super educativo. Vale a pena ver, mais de uma vez, o excelente filme.

A cátedra, o magistério é algo que vai mais além que a saliva, o giz e a repetição. O aluno não nasce criativo, ele aprende a ser criativo. O jovem não é criativo porque tem imaginação, mas tem imaginação porque é criativo.


Quando nascemos recebemos a nossa chave mágica da criatividade. Ela nos é dada pelo Criador. Com essa chave podemos abrir portas. É só uma questão de querer sair da “zona de conforto” para desenvolver talentos adormecidos.

Outro exemplo de imaginação. O professor perguntou aos alunos: “Digam-me quantas margens tem um rio?”Imediatamente os alunos responderam: “Duas professor, a esquerda e a direita”. Um dos alunos permaneceu calado. O professor indagou: “E aí Gabrielzinho, você não falou nada!” E o menino respondeu: “Sei não professor, mas acho que um rio tem três margens: a margem esquerda, a margem direita e a margem de baixo que é o limite da profundidade”.“Resposta correta!”, disse o mestre! Mudança comportamental é muito mais que decoração.


Reflexão – A vida é bela, mas é feita de conquistas e perdas. Tudo passa nada permanece! Somos e não somos no que estamos sendo.Estamos sempre nos descobrindo e nessas descobertas não podemos ser decepção para ninguém, principalmente para Deus.

Que o desenvolvimento da imaginação e criatividade seja a transição para uma nova forma de vida. Pais e professores estejam bem engajados no processo.

Quem é educador tem a mente aberta e jamais deixa o ânimo arrefecer! Sonhar com os sonhos dos alunos, mexer com a mente inquieta dos aprendizes é tão importante quanto entender tudo sobre o Teorema de Pitágoras. 

A escola é temporária, a vida é algo que vai mais além. Há sempre um novo começo que faz com que a vida não seja sempre a mesma.


Antônio Valdo A. Rodrigues
Clima Bebedouro

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