“O amor é uma estrela. Você pega a estrela? Não, você apenas sabe que ela existe, acende e nada mais”. (Gabriela Mistral)
Na Grécia antiga o véu protegia a noiva do mau olhado dos admiradores. Na Idade Média o véu era parte integrante da elegância e do vestuário feminino.
Na Igreja o véu branco é tradição e também símbolo de pureza. Os antigos até falavam assim: “Ela vai casar de véu e grinalda”, como a dizer: “Ela é uma pessoa íntegra.Soube preservar-se para o propósito de constituir uma família digna entrando pela porta certa da vida!”Hoje parece não ter mais sentido, pois os jovens vivem incorretamente sua sexualidade muito cedo e antes do casamento. Quando casam, raramente existe a pureza virginal. Por isso o véu, símbolo da pureza, está praticamente abolido do traje das noivas.
Na Bíblia, segundo o Cântico dos Cânticos (4:1). véu significa honra e dignidade para as mulheres. Também é sinal de subordinação da esposa ao marido, desde que ele seja digno e merecedor do respeito da mulher (Ef:5-22 a 25).
Mas há outros costumes, é o que veremos.
Hijabé um lenço, um pano que recobre a cabeça feminina para a honra e dignidade das mulheres islâmicas. Em alguns lugares o hijabé obrigatório, em outros não. O lenço não substitui o véu. Véu simboliza algo mais do que proteger do sol, da poeira.
Nicab são vestimentas que cobrem o corpo inteiro das mulheres muçulmanas, inclusive a cabeça e o rosto. O nicab deixa apenas os olhos à vista. É uma espécie de janelinha retangular que permite à mulher olhar o mundo à sua volta, mas sem ser vista na sua anatomia corporal.
Burca é uma veste feminina radical. Ela cobre inteiramente o corpo da mulher cabeça, olhos também. Existe uma rede bem trançada na área dos olhos para que a mulher possa olhar o mundo. Ela vê, mas não é vista. No calor torna-se difícil respirar.
No casamento o véu não é tão importante. Mais relevante é o alvo da união, a sinceridade, o companheirismo, a fidelidade, o compromisso do casal em constituir a família bem edificada. Usar ou não o véu fica a critério da noiva, desde que não haja constrangimento. É inegável que o véu dá certo“it” de magia à noiva. Ele deixa passar a luz, mas cria uma distância entre os olhos das pessoas e a noiva, até que em pouco tempo ela deixará de ser noiva para ser mulher.
Nota: Agradecemos a valiosa parceria do Padre Walmir Thiel da Paróquia São Francisco de Assis - Serra Negra.
E pensar que tudo começou assim... Ela era sedutora e de uma humildade e mansidão a toda prova, dessas que o homem deseja ser o seu dono, no sentido delicado da palavra e absolutamente sem machismo. Seu andar, voz, cabelos formando cachos, olhos claros, mãos delicadas...
E ambos se aproximaram e sonharam juntos. E ele fez questão de pedir para que ela usasse no casamento véu e grinalda, uma espécie de guirlanda de flores...
E passaram-se trinta anos... E alguém perguntou a ele: “Qual foi a melhor coisa que já aconteceu com você?” E ele prontamente respondeu: “Foi conhecê-la e hoje tê-la ao meu lado. Sempre fizemos da vida um recomeço espiritual, emocional de encontros permanentes e duradouros”.
Um dia eles descobriram em uma gaveta fotografias do casamento. Eles juntos felizes, sorrindo. Recordaram...
Agora ela era uma senhora, mas para ele ainda era aquela linda jovem por quem se apaixonara um dia. Hoje os filhos crescidos, longe com suas famílias. Agora só ele e Aline que ele amava loucamente como se ela ainda estivesse vestida de noiva, com véu. Para ele o tempo não passou, tornando verdadeira citação de Platão:“Aquele que ama está possuído por Deus”.
Reflexão - A vida pode ter sim,um fecho notável de uma obra invulgar. Basta valorizar a família construindo-a com focos abençoados e o final nunca será frágil. Nietzche diz: “O homem pensador sabe como tornar as coisas mais simples do que elas são”. Que imensa estupidez não ter pensado nisso antes!
Antônio Valdo A. Rodrigues
E-mail: valdo11rodrigues@yahoo.com.br