Convivência

“Quem quer um cínico que sabe o preço de tudo e não conhece o valor de nada?” (Oscar Wilde)


Vamos conhecer uma historinha capaz de nos ajudar a entender que nós podemos controlar nossos “monstrinhos interiores” que às vezes aparecem pata tornar nosso convívio nada agradável.

Foi assim... Uma jovem procurou o seu mestre e perguntou: “Professor, eu não entendo por que as pessoas gritam umas com as outras? Não seria mais razoável que se entendessem sem nunca precisar gritar? O senhor me explica isso?”

“Minha querida aluna”, disse o professor, “O grito representa uma dor existencial.É um sintoma nítido que os corações estão distantes, intranqüilos e precisam gritar para serem ouvidos. Você já observou minha jovem, que pessoas que se amam falam baixinho, sussurram, murmuram?Essa é a linguagem do coração. São sentimentos, que são compreendidos perfeitamente”.

E o professor continuou: “A vida é uma roda viva e nessa ciranda, o grito diz que as pessoas estão emocionalmente distantes uma das outras.Falar baixinho faz com que o outro coração se aproxime para ouvir melhor. Lembre-se que nada na vida é tão difícil assim que não se possa fazer do insuportável um suportável mais agradável! Corações que estão próximos mesmo no silêncio dizem tudo sem dizer nada. Já observou que até a lágrima é silenciosa?”

E o docente entregou à jovem uma folha com esta reflexão de Walter Franco: “O que é eterno? É eternamente ter amor na mente. Tudo é uma questão de manter a mente quieta, calma e o coração naturalmente também permanece tranqüilo. Viver é afinar o coração de dentro para fora e de fora para dentro, a toda hora, todo momento. Em cada palavra suave e carinhosa, assisto ao meu nascimento. O grito é sempre evitável porque é uma extravagante extravagância do materialismo sobre o espiritual”.

O filósofo Immanuel Kant reforça esta tese dizendo: “Palavras gritadas foram feitas para ocultar sentimentos nobres. O pensamento é silencioso e quando é inteligente ajuda a atravessar e a compreender a selva obscura da vida”.

Há algumas Regras Básicas de Recursos Humanos para fortalecer a boa convivência. Deveríamos utilizá-las com mais freqüência. São estas algumas das ferramentas para um bom relacionamento.


“Regras Básicas da Boa Convivência.

Chegou? Cumprimente. Já vai? Despeça-se.

Recebeu um favor? Agradeça. Prometeu? Cumpra.

Ofendeu?Desculpe-se. Não entendeu? Pergunte.

Tem? Compartilhe. Não tem? Não inveje.

Sujou? Limpe. Não curte? Respeite.

Ama? Demonstre. Não vai ajudar? Não atrapalhe.

Quebrou? Conserte. Pediu emprestado? Devolva.

Falaram contigo? Responda. Acendeu a luz? Apague.

Abriu? Feche. Comprou? Pague.

Quer gritar? É melhor é silenciar, o coração entende e agradece!”


Às vezes perder o equilíbrio por amor, faz parte do equilíbrio.A magia não está em se ter amado, mas em se “viver amando e aprendendo”.


Reflexão – Quem não sabe curtir um bom convívio, não sabe o que está perdendo! Para isso não queira estar sempre certo. Afinal você quer ter razão ou você quer ser feliz?

Podemos aprender muito com as formigas. Elas são super organizadas. Trabalham com ordem e disciplina e fazem tudo isso em silêncio.Assim também, em nossos relacionamentos que a principal ferramenta seja tolerância. Ela vai ser o nosso melhor caminho. Neste quesito o escritor Saramago diz: “O caos é uma ordem por decifrar!” Ora, se as formigas decifram, decifremos também!

O maior talento em um bom convívio não é a inteligência.O maior talento é a mansidão para não complicar o complicável. O escritor Roman Duris diz assim: “No relacionamento, se você considerara escala que vai de ‘A a Z’, o homem com toda sua sabedoria tem dificuldade para chegar ao ponto ‘B’. Sabe por que? Porque entre esses dois pontos são muitas as diferenças individuais, os labirintos, atalhos, empecilhos, encruzilhadas... Mesmo com todas essas variáveis Deus se agrada quando as pessoas “falam” e não precisam “gritar”. Gritar não é coisa de gente que pensa um pouco.


Antônio Valdo A. Rodrigues
Clima Bebedouro

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