A bela mansão

“O homem ama porque o amor aperfeiçoa a alma. Por isso não pode deixar de amar”. (Tolstoi)

 

 

 

Casa inacabada – Conta-se que havia um senhor, muito rico e sábio, que morava em uma bela residência. Ele recebia muitos amigos que apreciavam curtir, com a família, aquele agradável convívio. Na casa deste senhor, só havia um detalhe que intrigava a todos os visitantes. Um dos cômodos da requintada habitação, estava sem terminar. Era o chão rústico, paredes sem revestimento, teto sem adorno, coisas assim.

 

A curiosidade – As pessoas sabiam que aquele soberano próspero, não tinha problemas financeiros... Então, por que aquela construção nunca era terminada? Mas, entre os convidados, sempre tem um ‘Zé palpiteiro’, que não consegue ficar calado e um dia perguntou: ‘O senhor não acha que se terminasse o acabamento daquela sala, a casa ficaria mais bonita ainda?’

 

A resposta – ‘Você tem razão, mas este cômodo inacabado é apenas um lembrete para que eu saiba que, esta casa, não é meu destino final.  Eu estou em busca do refúgio perfeito. Preciso cada vez mais, aperfeiçoar os meus verdadeiros caminhos da existência e das emoções humanas... Aqui, em nosso planeta, nada é permanente, nada está em arte final. Tudo é passageiro. Estamos sempre edificando, construindo para o que há de vir... Esse novo estágio não será feito de coisas materiais, mas, espirituais’. Moral da história – ‘Assim como nossos pais foram forasteiros, somos proprietários por empréstimo. Somos donos, temporários, de coisas inacabadas’.

 

A nova casa - Vai ser silenciosa. Os caminhos do aprimoramento são eternos, e mesmo lá, não cessam nunca. A inspiração não virá dos outros. A motivação virá de dentro de cada ser. Agora vale a essência do que se foi como pessoa. E assim, a vida aqui no planeta, que em muitos momentos foi ruidosa, agora transita em absoluto silêncio, mas em sintonia harmoniosa com o Universo.

 

O silêncio – Essa vertente nos faz pensar no que há de vir. As línguas faladas têm sua gramática peculiar, desafiando quem se propõe a aprendê-las. Mas, não vai ser necessário! Em silêncio todos vão se entender com expressões de meiguice, carinho, afeto e muitas outras emoções de ternura. Palavras? Para que?

 

 

Outra comunicação – No planeta terra, há fronteiras. São mais de duzentos países com línguas e dialetos diferentes. E haja poliglotas ou conhecedores do Esperanto 

 

 

 

para fazer o entrosamento na comunicação de sete bilhões de falantes. Ah, vai ser tudo muito legal! Ninguém vai tropeçar nas variações linguísticas, de significado, 

de regras ortográficas, concordância verbal, etimologia das palavras... Nada dessa parafernália vai ser necessária. A interpretação vai acontecer com os olhos, assim como hoje já nos cativamos silenciosamente com um simples olhar de afeição. Olhos sempre refletem as ansiedades da alma e todos se entendem.

 

Que olhos são esses? – São olhos que buscam o emocional corresponsável. São olhos que... amam, pedem, imploram, oferecem, respondem, indagam, guiam, confiam, perguntam, respondem, aceitam, esperam, refletem, sentem, suportam, entendem, fortalecem, questionam... Olhos, sempre olhos, eternos comunicadores das infinitas emoções. Mesmo quem nada tem na vida, tem na ternura do olhar a sensibilidade, a força capaz de despertar as emoções adormecidas.

 

Considerações finais – As coisas estão no mundo, mas as vidas não acabam, apenas a grande jornada muda de trajetória. E o homem, aos poucos, vai descobrindo quais são os dois dias mais importantes de sua vida. Esta é a resposta: O dia que nasceu. E o que veio fazer neste mundo. O homem nasceu porque na corrida dos espermatozoides a procura do óvulo, ele ‘foi vencedor’. E o ser humano veio ao mundo para realizar alguma missão, determinada pelo Criador, para completar o exigente amor e principalmente aperfeiçoar o seu crescimento em espiritualidade.

 

Nota – O destino final de todos os homens é ser um pouco mais criativo do que o necessário e, mais que isso, adaptar-e às circunstâncias.

 

Antônio Valdo A. Rodrigues

Serra Negra - SP

 

E-mail: valdo11rodrigues@yahoo.com.br

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