“A melhor maneira de melhorar o padrão de vida, está em melhorar o padrão de sensibilidade”. (S. Andersen)
Direto ao assunto – O homem pode reunir o melhor do seu esforço para ser perfeito. Na melhor das hipóteses, apenas chega perto da perfeição. Ser perfeito é uma busca eterna, obrigando-o a viver aprendendo mais e mais.
Maturidade – Talvez seja o que define as diferenças individuais e a melhor aproximação com a qualidade de vida. Amadurecimento seria o completo bem estar físico, mental, emocional, espiritual, social. Maturação não representa ausência de imperfeições. É inevitável que haja desconforto entre os seres humanos. Na verdade nós não somos amados porque somos maduros, mas desejamos ser cada vez mais maduros, para sentir que somos sempre amados. É o crescimento, sempre presente, no processo existencial.
Sensibilidade – Existe para nos encorajar e não para nos assustar. Vejamos. Se algo nos aproxima de Deus e das pessoas, dizemos que estamos pondo à prova a nossa sensibilidade. O contrário seria, insensibilidade, que revela indiferença, frieza, e isso não substitui a felicidade. Consciente ou inconscientemente estamos sensibilizando ou sendo sensibilizados por alguem. Em todos os momentos, está a sensibilidade, à frente, definindo comportamentos, seja no relacionamento com aqueles que já fazem parte do nosso convívio ou com os novos personagens que repercutem em nosso universo existencial. Sensibilidade se demonstra. É uma concessão romântica que Deus delega aos homens.
Monólogo da sensibilidade – Ela, sempre ela, suplicando cumplicidade. ‘Será que eu não sou suficiente, meu amado? Suficiente para que você possa se realizar no mundo? Com seus grandes palácios, seus belos jardins floridos, seu domínio tecnológico? Neles há muito de belo, mas somente em mim encontrarás o significado em tudo. Será que não sou suficiente, meu amado? Eu, para sempre eu, somente eu. Tu que precisas tanto de mim, lembre-se, eu sou a sensibilidade e posso sinalizar que a felicidade está logo ali’.
Relacionamento – Boa relação de admiração só acontece quando as sensibilidades se entrelaçam, se aproximam, se harmonizam. Maus relacionamentos acontecem quando as sensibilidades são opostas, não se aceitam, se estranham tornando-se contaminadas, corrompidas...
Historinha – Perguntaram ao comandante de um grande navio: ‘Como é que o senhor consegue entrar no porto, através de um canal tão estreito, em uma noite escura assim?’ Ele respondeu: ‘É necessário sensibilidade para ficar atento e não cometer erros. Eu vou devagar e tenho que avistar alinhadas aquelas três luzes lá na frente. Quando elas estão bem alinhadas, sei que estou no percurso certo, para entrar no porto, com segurança’. Assim também é a nossa vida. Somos um barco navegando em um mar agitado. Precisamos ter cuidado e atenção para que estejam alinhadas estas três luzes: sabedoria para fazer o que é certo; conhecimento, prática e fé na palavra de Deus; sensibilidade que se recusa ser esquecida em todos os detalhes da jornada. Moral da história – O desassossego não é bom, nem mau. Ele existe para despertar o humano que existe no ser humano.
As aberrações – São as imperfeições que afastam o homem do que é o bem. Na vida nem tudo é verdadeiro, lícito, nobre, correto, amável, digno de admiração. O mundo que nos cerca está repleto de incorreções: soberba, egoísmo, arrogância. Tudo porque falta engajamento e, nossa falta de sensibilidade é perturbadora.
Reflexão – Olhe abaixo da sua superfície, mas não se decepcione com o que vai encontrar. Pode não haver nada, mas há Deus, ainda que muitos possam fazer esta triste leitura da vida: ‘Minha vida passou como se fosse um sonho e eu não fizesse parte desse sonho’. A regra é clara: ‘Sensibilidade é a força mais potente que o mundo possui e ao mesmo tempo a mais humilde que se possa imaginar’. (Gandhi)
Nota – Não sei se a sensibilidade vai salvar o mundo, mas, o que será de nós, sem a sensibilidade?
Antônio Valdo A. Rodrigues
Serra Negra – SP
E-mail: valdo11rodrigues@yahoo.com.br
