Muito mi, mi, mi...

“Queremos parecer bem e felizes, sempre mais. Mas a felicidade não é permanente e nem extensa”. (Leandro Karnal)

 

 

Prazer em enrolar – Hoje vamos fazer uma análise crítica sobre a expressão ‘politicamente correto’. Não existe esse meio termo. Politicamente correto é frescura, falácia, é mi, mi, mi de quem não sabe o que fala. Chega de tantos entretantos, vamos logo aos finalmentes. A vida já tem muitos complicadores. Politicamente correto representa ficar em cima de um muro que não tem consistência. Mas, antes de tudo, é bom esclarecer que não estamos falando de Política, sistema gerencial de um país, mas da maneira hábil de agir em assuntos particulares, a fim de obter o que deseja. Vamos ver essa contradição.

 

Cenário – O supermercado, em vésperas de Páscoa, repleto de ovos de páscoa de diversos tamanhos, cores, sabores, recheios e preços. Era o derradeiro dia de vendas e sobraram poucos ovos recusados pelos clientes por se apresentarem amassados. Coisa de gente descuidada.

 

Liderança – O encarregado do setor teve uma ideia. Vou falar com o gerente para ele autorizar a venda, desta sobra, a nós funcionários, a preço de custo. O gerente foi ao local, e constatou que 9% dos ovos, realmente estavam danificados. Ele entendeu ser válida a proposta e autorizou. Aplausos! Os funcionários se alegraram com aquela conquista inesperada. Não parece ter sido uma solução politicamente correta?

 

Mãozinhas que não são de Deus – No ano seguinte repetiu-se o festival de lindos ovos de chocolate expostos. Só que, ao final, quando o gerente fez um levantamento, constatou que a porcentagem de ovos amassados era elevada. Pasmem, 49% dos ovos estavam impróprios para a venda. Coisa dos homens! Também do ‘politicamente incorreto’.

 

Politicamente correto é uma farsa – A insensatez agora é em um hotel. Aconteceu a sobra de requintados pratos suculentos. ‘Claro vocês podem levar para casa’, foi a samaritana resposta do chefe da cozinha. E os cinco servidores se regozijaram com aquela oferta politicamente correta. Só tem um detalhe, a partir daquela data os exageros na quantidade dos alimentos preparados aumentaram desproporcionalmente aos hóspedes do hotel. Mais uma vez, o politicamente correto fazendo vítimas do mal e a gerência balanceando a cabeça, tem a clássica reação bovina: hummm...

 

Três estatísticas – 1-Estatisticamente eu posso provar que dois frangos alimentam dois homens, mas na realidade um homem come os dois frangos e o outro passa fome. 2-Sou informado que um livro foi o mais vendido no mês. Não sei se é leitura de conteúdo, também não posso afirmar se, quem comprou ou recebeu de presente, leu o livro. Todos nós já recebemos livros de presente. E lemos? 3-Chocante é a história do profissional em estatística que ao fazer o levantamento topográfico de uma região, se afogou em, um riacho cuja profundidade média era de somente noventa centímetros, porém atingindo dois metros e oitenta no meio. Ele não teve o cuidado de observar a correnteza e as  variações da profundidade do riacho. Falhou no mergulho politicamente correto? 

 

Exortando o afeto – Quando não há o ‘desnecessário politicamente correto’ entre o casal, há sinceridade e as possibilidades de uma vida com mais parceria e paz. A regra é clara, casamento 100% eficaz segue esta percentualidade conjugal: Cumplicidade 20%; Proteção 20%; Amizade 20%; Desejo sexual 20%; Amor Ágape entrega 20%. Claro é sempre desejável vigiar: quando sozinhos vigiar os pensamentos; quando em família vigiar o gênio; quando em sociedade vigiar as atitudes. A união estável tem sua lógica e sua realidade, ainda que nem sempre seja fácil agradar a nós, aos outros e ‘a moral de nossa cultura’.

 

Reflexão – A vida tem um repertório muito grande de coisas fantásticas, assim mesmo devemos estar preparados para encontrar todos os dias: ingratos, arrogantes, egoístas, antissociais, insensíveis e muitos outros tipos. São pessoas que se acham politicamente corretas, mas, não conhecem o bem nem a verdade. São acomodados mentalmente, aceitam tudo. O sábio reflete antes e sabe recuar.

 

Nota – De repente, não mais que de repente, temos um ‘insight’. Olhamos, para nosso universo, e percebemos que não podemos nos perder de nós mesmos.

 

Antônio Valdo A. Rodrigues

Serra Negra-SP

E-mail: valdo11rodrigues@yahoo.com.br

 

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