“Cuidado com os espinhos que você deixa pela estrada. De repente você pode voltar por ela, sem sapatos”. (Mike Krieger)
Aconteceu – A professora de matemática era organizada, metódica. Todos os dias trazia dois potinhos de ‘danoninho’, colocava-os na geladeira, para a hora do recreio. Ocorre que, vez ou outra, o danone excedente ficava para o dia seguinte. Este é o ‘X’ da questão! No dia seguinte ele não estava mais na geladeira.
Investigação – Conversa com um, com outro, a mestra descobriu que o vigia da escola percorria o prédio para alguma emergência: luz acesa, torneira mal fechada, janelas abertas, coisas assim. Quando ele chegava à sala dos professores, tomava um gole de água gelada. Aí residia o perigo! Lá estava o danoninho, sozinho, como a dizer: ‘E aí meu? Vai encarar um delicioso danone?
A carne é fraca – E o vigia não deixava por menos. Que hora tão feliz! Saborear avidamente aquele delicioso petisco alheio. Mas, para a indignação da professora o episódio passou a ser rotina. E a docente murmurava: ‘Mas que cara de pau! Atrevido’.
Ação pacificadora – ‘Já sei’, disse a mestra, ‘vou deixar um aviso’. E assim fez: ‘Este Danone tem dono. Não tens o direito de te apossar daquilo que não te pertence. Prof. Izabel’.
Reação terrorista- No dia seguinte, dentro do refrigerador, havia um bilhete do vigia, com letra péssima e português horrível: ‘Cinto muinto profeçora, o pobrema é qui tenhu fomi. Amigu mesteriozo’. A mestra após ler, ficou possessa, mais vermelha do que o danone de morangos e murmurou: ‘Deixa estar! Ele vai ver o que é bom prá tosse!’
Guerra é guerra – E a mestra decidiu: Vou deixar um Danone ‘batizado’. Vou comprar uma cartela do ‘laxante ‘Dulcolax’, vou diluir quatro comprimidos, dose de Mamute, com pouca água. Com uma seringa de injeção vou introduzir o ‘precioso aditivo’, agitar bem e deixar discretamente no refrigerador.
Desfecho – Ah, me poupe disso! A verdade é que não tem como não ser assim como foi. E o abusado comensal consumiu a ‘bomba relógio’ de efeito retardado. Coitado! Pela irreverência deve estar defecando por aí até hoje. E olha que este episódio aconteceu à décadas... Dizem até as más línguas que ele comentou: ‘Êta professora malvada. Tá loco meu! Danone dos outros? Nunca mais’! Quanto à mestra, resolveu comer os danoninhos em casa, com segurança. Exageros à parte, relacionamento é tudo aquilo que você acha que sabe, depois percebe que sabe pouco para finalmente compreender que não sabe nada.
Experiência vem aos poucos - Bertrand Russel: ‘Como pode alguém tornar-se um homem digno, sem passar pelo menos, um terço do dia, sem ser amigo da verdade, justiça, amor, bondade, fraternidade?’
Ação e reação na escola – Paulo Freire: Como deve ser a ação e a reação na escola: ‘Escola é o lugar onde se faz amigos. Não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente. Gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. A escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como: colega, amigo, irmão. Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’. Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade com ninguém. Nada de ser como o tijolo que forma a parede, indiferente, frio. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela. Ora é lógico... Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se ser feliz’. Em outras palavras: O contrário de morte não é vida, é amor.
Reflexão - Dia do professor: Para realizar amanhã o impossível, é preciso realizar hoje o possível. Professor, Deus seja o teu Universo!
Nota – Na próxima edição, vamos compreender como pode ser a estrutura de um jornal. Aguarde: ‘Fato e imagem’.
Antônio Valdo A. Rodrigues
Serra Negra-SP
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