Talvez um dia...

“O desejo representa meia vida. A insensibilidade representa meia morte”. (Gibran)

Cada um de nós tem um imaginário muito específico. O meu é cheio de dor e muitas expectativas. A dor nos ensina a ter autorresponsabilidade. E no meio dessa dor, nem sempre física, somos assustadoramente pequenos. Essa é a parte mais difícil, mas também a mais bela, que vem do fato de acreditarmos que viver em um mundo louco, ajuda-nos a ter um pouco mais de sensibilidade e certo senso de real pertencimento à espécie humana. Vamos analisar juntos por quê a vida é assim? Talvez um dia, as coisas sejam diferentes...
Talvez um dia – O egoísmo, o egocentrismo, os comportamentos errados, tão enraizados no homem, cedam espaço à sensibilidade. Mudar nem sempre é fácil, mas é possível. Talvez um dia as pessoas queiram se conhecer um pouco melhor e tenham o desejo, não só de ser feliz, mas, principalmente, de compartilhar a felicidade.
Estante especial – Talvez um dia possamos ter uma estante com urgências urgentíssimas para ações imediatas, eficazes. É muito fácil ser ‘meia boca’ na vida. É só fazer que tem compromisso com a vida, mas não ter compromisso. É só querer tornar o mundo melhor, mas não arredar pé da sua zona de conforto. É verdade, tem homem que já nasce covarde, sabe que tem que se mexer, fazer alguma coisa, mas permanece no seu mundo morno, sem um ideal. Homem assim é homem medíocre. Nós somos campeões de uma corrida, nascemos para ser útil e feliz, mas, tem gente que não sabe ser feliz.
Beijo na boca – Talvez um dia o homem entenda que o beijo não vem da boca. Beijo é um forte desejo manifesto para deixar-se unir no interior. Beijo é tudo, sem ser nada. É o fôlego dos afogados. É inspirar e, ao mesmo tempo, pertencer. É o poder do amor dizendo: ‘Eu te amo em todas as angústias do teu medo’. Talvez um dia os homens possam amar de verdade... E pensar que muitos casais vivem bem próximos com beijos tão distantes. Beijo na boca, um crédito menos carnal e mais espiritual para se levar Deus mais a sério. Precisamos de valores no momento presente. Bom começo é tomar posse do ‘incrível beijo’ e não só do beijo, da alma, da nossa história.
Regras de vida – Talvez um dia o homem possa entender que a vida tem duas vertentes importantes: ‘Primeira: Nunca tenha medo de coisas pequenas. Segunda: Na vida tudo são coisas pequenas’. Será que há quem duvide? O homem está se distanciando e muito dos conceitos do bem. Costumamos nos preocupar se nosso relacionamento com as pessoas está bom. Teríamos coragem de perguntar como está nosso relacionamento com Deus?
Família faz de conta – Talvez um dia a família exista de verdade. Com certeza a paternidade não é tarefa fácil. E se pudéssemos definir a família com uma única palavra esse vocábulo seria: ‘imprescindível’. Cada pessoa pode aspirar por qualquer atividade profissional, mas, tem que envolver a família, dando-lhe ampla relevância, não sendo assim a vida vai ser uma estrada que não vai dar em nada.
Mudanças – Um jovem perguntou a um educador: ‘O quê você acredita que pode mudar em minha vida, com o passar dos anos? Esta foi a resposta: ‘Os seus anos de vida só vão mudar à medida que você decidir mudar! O mundo está precisando de pessoas criativas, boas, eficazes que tenham o endereço de Deus. Essa é a imensa expectativa dos seres humanos. Quando tudo tiver atingido os seus fins, aí sim você vai saber se foi um cara útil ou inútil’. Talvez um dia possamos entender que: As ações do homem devem ser julgadas pelos resultados concretos que ele obtem. A vida sem propósito e compromisso vai ser um teatro sem palco, sem cenário e sem palmas.

Reflexão – A matéria do jornal é uma ferramenta para pensarmos juntos. Ninguém escreve para alguém, escreve ‘com alguém’. Há textos emblemáticos que devem ser lidos mais de uma vez para que o conteúdo seja bem internalizado. Assim é o ‘Talvez um dia...’, Sobre aquilo que se fala deve-se refletir e muito.

Nota – Este texto foi escrito para demonstrar a amizade e admiração à Maria Celeste Alves T. Bonemer. Uma mulher especial, íntegra, digna. Um ser humano possuidor de um encanto interior. Mesmo na idade provecta é capaz de viver com intenso otimismo, sendo carinho e caminho aos que estão ao seu lado. Deus abençoe você Maria Celeste!

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