“Quem não faz amor, faz guerra”. (Ditado popular)
Vamos conhecer hoje a história da rosa amarela. Antes de tudo, você já viu uma rosa amarela? Uma só? Ela é linda e se destaca entre as outras flores, não só por sua beleza, mas por ser amarela. Todas as pessoas deveriam ter em seu jardim, uma rosa amarela. Suas pétalas irradiam, alem da beleza, a pureza da luz. Então foi assim que aconteceu...
Na floricultura - O casal não desejava flores cortadas, mortas, prestes para serem arrumadas em ramalhetes, para depois agonizarem por alguns dias em uma jarra com água. Que desperdício! Grande desfalque para a natureza, onde as flores deveriam permanecer, assegurando o ciclo das abelhas, as borboletas, para realizar o seu ritual de amor, polinizando as espécies. Que bom que o casal pensava diferente! Eles queriam flores vivas e bem plantadas que pudessem florescer infinitas vezes para serem sempre lembrados. Queriam comprar a flor Camélia por ser branca e docemente perfumada ao entardecer. Mas que pena, não a encontraram!
Rosa amarela - O marido não perdeu a motivação e percorrendo as dependências da floricultura logo ficou encantado. Encontrou uma lindíssima ‘rosa amarela’ em um dos canteiros. Era a única e estava plantada, desabrochando sozinha, silenciosamente a pureza da linda flor. A esposa ao perceber o deslumbramento do marido, logo disse: ‘Vou levá-la! É meu presente para você! Vamos plantá-la em casa’. E assim foi feito. A rosa amarela foi plantada em lugar de destaque e permaneceu linda e encantadora, até que foi ‘descoberta’ pela marquesa.
Quem é a marquesa? – É uma graciosa cachorrinha ‘Border Collie’, com quatro meses de idade. Ela só pensa em fazer arte com seus ‘dentinhos maravilhosos’. Impossível lidar com ela sem ganhar indeléveis marcas nas pernas e nos braços. É próprio da sua natureza. Ela quer brincar, mas essa fase passa! A sandália esquecida foi mastigada como se fosse chicletes. Ah marquesa! Isso não se faz!
Avisos foram dados – Bem que a florista avisou: ‘Lembrem-se de regar todos os dias e colocar uma proteção com algumas estacas para preservar a integridade da planta. Mas nada foi feito! Não deu tempo.’ O casal não se ligou nas dicas de segurança. Ninguém merece! Marquesa não perdoou a falta de cuidado e logo que viu a rosa, despetalou-a completamente. O solo ficou amarelo como se as pétalas estivessem chorando de dor. O casal entristeceu-se e com remorso murmuravam: ‘Por quê não pensamos nisso? Por quê não cuidamos bem da rosa amarela? Ah, rosa amarela, ensina esse povo a ser mais cuidadoso com as maravilhas que Deus lhes dá.
Pingos nos i(s) – A rosa amarela foi apenas um teste para o casal se conhecer um pouco mais. Na verdade a ‘tristeza’ foi logo amenizada pelas intermináveis estripulias da marquesa. Mas ficou uma lição: a rosa e tudo na vida requer cuidados e manutenção permanentes como uma rosa. A verdade é que muitas vezes nos distraímos com coisas secundárias e esquecemos as essenciais. Um exemplo? Regar cada vez mais o afeto com os familiares e principalmente entre os cônjuges. A vida conjugal é como um jardim: tem rosas, tem espinhos, mas é só ter o cuidado de lidar com atenção que não vai existir dor, mas prazer compartilhado. O jardim bem cuidado entenda-se, família, sempre responde, mais cedo ou mais tarde, com lindas flores, expressando o lindíssimo cartão postal que agrada ao Criador. Perseverança, tolerância, sensibilidade, forte parceria com Deus é tudo que precisamos para uma aproximação do que julgamos ser uma existência coerente e sensata. É oportuno lembrar nas palavras de Blaise Pascal que: ‘Há bons jardins, assim como há bons casamentos, nenhum porem delicioso’.
Reflexão - Todo ser humano tem egoisticamente ‘seu universo’ próprio e não quer saber do universo do outro. Só há um detalhe, nosso coração tem um vazio do tamanho de Deus. Sabe como preenchê-lo? É só prestar mais atenção se estamos nos dedicando, com sinceridade e ternura, às crianças, à natureza, aos animais, aos idosos, à família. Deus se agrada com essas atitudes e não tem como não abençoar-nos com muita graça e misericórdia. Graça é quando Deus ‘nos dá’ o que não merecemos. Misericórdia é quando Deus ‘não nos dá’ o que merecemos. Lindo isso não?
Nota – Rosa amarela não escolhe jardim, para ser bela e feliz. Ela exige apenas doçura no trato. Será que o convívio matrimonial tambem é assim?