Descobertas...

“Com o tempo a gente aprende que, por mais importante e boa que uma pessoa seja, ela vai ferir-nos de vez em quando, e precisamos perdoá-la por isso”. (Leonard Bernstein)

 

A vida tem as perguntas e nós temos as descobertas. A gente vive querendo encontrar respostas, explicações. Na verdade a gente não inventa nada, a gente é só continuador de um bando de coisas que os outros deixaram para nós. Mas, quando a descoberta é carinho, alegramo-nos muito, como se fôssemos os únicos e exclusivos. Então este é o nosso grande foco na vida, fazer felizes descobertas, porque as infelizes se apresentam naturalmente. Vamos antes conhecer um escultor.

 

Escultura do amor – Era uma vez um artesão. Ele estava esculpindo uma estátua lá no alto da igreja, bem próximo ao campanário. Todos os dias fizesse frio, chuva, vento, lá estava o artista. Passava horas e horas esmerando-se ao máximo para que, nos mínimos detalhes a sua obra ficasse perfeita.

Acontece que um homem, a caminho de seu trabalho, todos os dias passava ali perto e notava aquele artífice fazendo alguma coisa. Mas, não era possível enxergar qualquer detalhe. O homem foi aumentando a curiosidade e pensou: ‘Na boa, amanhã eu vou subir lá para saber o que está sendo feito com tanta dedicação’.

E assim fez! No dia seguinte subiu as escadas, chegou à torre da igreja, bem próximo ao artesão e constatou que a estátua era perfeitíssima em todos os pormenores. Então foi logo perguntando: “Desculpe-me por interromper, mas eu passo sempre aqui e o vejo cuidadosamente lidando com a escultura. Só que o senhor precisa saber que, lá de baixo, mal conseguimos enxergar a estátua!” O artesão sorriu e disse humildemente: “É que eu não estou realizando o meu trabalho para os olhos dos homens, mas para agradar os olhos de Deus.    E eu sei que um dia Ele vai me cobrar, então eu tenho que me esforçar para realizar o meu melhor, afinal, Ele espera muito de mim”.

 

Esta historinha nos ensina que vale, não o trabalho que estamos realizando, mas, como o estamos realizando. Importante é trabalhar não só por paixão, para os olhos dos homens, mas sim por idealismo de querer agradar a Deus.

Descobertas, eterna realidade de todos nós. Ninguém tem uma existência sufocante, que não seja capaz de mais descobertas. É um processo que começa com o nascimento e não cessa nunca. Com o tempo ‘descobrimos’ que primeiro vem Deus, depois a natureza, depois os seres humanos e com estes o amor. 

 

Coisas da paixão – Descobrimos que a paixão é uma loucura. É um sentimento falso e descontrolado. É aberração que nunca deveria vir. É emoção usurpadora com muita falação, mas, coisa séria, maturidade que é bom, nada.

A paixão é egoísta, é um caos continuado. Paixão é transtorno obsessivo compulsivo que incomoda ‘muitos’. Os apaixonados teem explicações absurdas para justificar uma vida de desassossego. Paixão é a materialização da angústia humana. Paixão é doença inconsequente e irresponsável. Afinal o que é paixão? É perder o seu próprio universo e ter um universo de depressão e ansiedade.

Na vida existem coisas permitidas e coisas proibidas. As coisas proibidas não podem ser feitas. Elas teem pequenas verdades, mas grandes mentiras. Será que há pessoas que já nascem com “anorexia afetiva”, e não sabem o quanto é bom amar? Tenho absoluta convicção de que o amor não se conduz inconvenientemente, como o vazio dos apaixonados. Eles falam: “Tudo prá mm é nada. Tudo pra mim não basta. Eu só quero você! Eu quero cada segundo da sua atenção”. Mas, que ‘bosta’ que é essa tal de paixão! É uma farsa! Ficam ciscando nos desconhecidos entretantos, sem nunca chegar aos legítimos finalmentes...

Paixão é coisa de gente que não pensa um pouco! O ser humano já é tonto por natureza, mas quando se apaixona, fica mais tonto ainda. Até mata e, covardemente, ainda diz que foi por amor. Idiota!

Homens engajados com o bem ‘compartilham emoções’, não pensam só em si, e não deixam o amor para depois. Fim de conversa? Não. A imprudência de apaixonar-se sempre vai durar para a conversa não acabar nunca. Sempre vão existir os imaturos a entrar num trem fantasma de alta velocidade sem conhecer seu rumo.

 

Reflexão – Há sempre infinitas descobertas. O casamento, por exemplo, não quer dizer um par perfeito! O casal sempre vai conviver com  dores da alma, emoções nostálgicas, solidão... Casamento é uma construção que não termina nunca e, haja descobertas para mais e mais sonhos realizar...

Seja como seja o que você esteja pensando, você nunca vai ser o que imagina, porque descobertas vão existir e transformar a sua realidade, para melhor é claro, desde que a matriz seja o amor.

 

Antônio Valdo A. Rodrigues

e-mail: valdo11rodrigues@yahoo.com.br

 

 

Clima Bebedouro

FCTV Web