A boa decisão

“Deus anseia que você descubra a vida que Ele criou para você, aqui neste mundo, e para a eternidade". (Rick Warren)

 

Há pessoas que conseguem se apropriar de boas decisões para fazer boas escolhas na vida. Então foi assim que aconteceu...

Era uma manhã de sol, um senhor, já com idade avançada, estava sentado em uma cadeira de vime, sob uma enorme árvore. Ele estava descansando, pois logo iria rastelar o gramado que estava repleto de folhas caídas das árvores.

Repentinamente apareceu seu neto, uma criança de cinco anos e disse: “Vô, quantas folhas caíram, não? Como seria bom se o senhor pudesse dar uma ordem e todas as folhas se juntassem! E depois o senhor desse outra ordem e as folhas fossem para outro lugar...”

O avô ouviu a criança com atenção e respondeu: “Meu amado neto, claro que isso é possível! Você quer ver? Eu vou dar uma ordem e as folhas vão se juntar”. “Ah vô, eu quero ver isso sim!” Imediatamente o ancião pegou a vassoura de jardim, chamada rastelo, e disse em bom tom de voz: “Folhas, juntem-se agora! Isto é uma ordem!” E pôs-se a varrer aquelas folhas, juntando-as em pequenos montes.

A criança admirada, a tudo observava, mas nada falava. Quando a tarefa estava quase terminada ela disse: “E agora vô, como vai remover esses montes de folhas?” Fique olhando, eu vou dar uma ordem: “Agora, eu quero todas as folhas na compostagem! Lá vocês vão alimentar as minhocas e vários bichinhos e logo vamos ter uma terra escura que será excelente adubo para as plantas”. E pegando a carriola, levou todas as folhas para a compostagem...

Esta historinha nos deixa uma lição: Com determinação podemos resolver desafios. Não é boa decisão deixar para fazer depois, na estante do: “qualquer hora eu faço”. Milhões de pessoas sofrem de “anestesia intelectual e emocional”. Estão morrendo de fome espiritual, uma espécie de inapetência para fazer o que precisa ser feito. Vão protelando decisões importantes, para não ter que sair de sua zona de conforto.

A boa decisão exige critérios confiáveis. Quando o critério é duvidoso o erro vai existir. Estes são alguns critérios que não apontam a decisão certa e vão nos induzir à falsas interpretações. São erros que confundem nossa escolha: Erro cultural de costumes: “Todos estão fazendo isso!”. Erro de tradição: “Sempre fizemos assim”. Erro de razão: “Isso parece lógico” Erro de emoção: “Acho ser isso certo”. Erro de doutrina: “Minha religião é a mais certa”. Esquecem-se que a Bíblia é a única expressão da verdade.

Enquanto não temos experiência, convém ouvir os mais experientes: pais, amigos confiáveis e mais que isso confiar na palavra de Deus... Essas referências são necessárias à nossa melhor decisão.

E quando a dúvida permanecer, é só nos colocarmos no lugar do outro, ou, fazer duas perguntas a nós mesmos: “Deus está nesse negócio?”; “Isso é de Deus?”. Se as respostas forem positivas, é só ir em frente!

E quando a decisão envolver um amor, o que fazer? Importa saber que haja um compromisso de relação estável. Importa que seja um propósito de Deus. Importa que ambos estejam no tempo de Deus e tenham merecimento para inundar os corações com regozijos verdadeiros... O amor é uma preciosa evidência do Criador. O apego não é uma emoção, é uma decisão. Decide-se amar e isso é tudo. Esse é o principal mandamento: “Amai-vos uns...”

A poetiza Paula Diniz consegue explicar a essência de amar: “Amo você, não apenas pelo que você é, mas pelo que eu sou quando estou com você. Amo você, pelo que você está fazendo de mim. Por saber extrair o que há de bom em mim, trazendo para a luz todas as coisas belas e radiantes que jamais alguem encontrou em meu ser, por não ter verdadeiramente procurado tão fundo. Você está no meu sonho de vida! Amo muito você, por ter feito por mim, muito para eu ser feliz, sem deixar de ser você mesmo”.

 

Reflexão – A boa decisão às vezes fica em saber identificar o que é conforto e o que é alegria. A diferença é que, conforto é o que vem de fora para dentro. São os bens, as coisas materiais temporais que passam. O conforto é efêmero, é singular ele nos escapa facilmente. Alegria é o que vem de dentro para fora. São as boas emoções, as coisas espirituais. A alegria é plural, é contagiante e permanece.

Assim é o amor, é sempre uma boa decisão! Importa-se se a gente falar menos em conforto e mais em alegrias? Assim é a natureza, assim é a vida, assim é você, quando ama, pega direto, firme e forte, nessa emoção capaz de tornar a existência com mais significado de contentamento, graça e paz.

 

Antônio Valdo A. Rodrigues

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