Sublime amor

“O que a pessoa que ama diz, deveria ser como que um transbordamento espontâneo daquilo que ela é”. (Herbert von Karajan)


O amor sublime é exigente! Duas pessoas que se amam podem garantir que esse sentimento vai existir indefinidamente? Depende! Se não estiverem contaminados com o vírus da insensibilidade, ambos vão entender que, não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

As pessoas são bem diferentes. Cada uma tem a sua história de vida, e o “pacote do encontro”, vem repleto de prazer, dor, felicidade, tristeza. Elas percebem que leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto... Mas, quando existe a vontade de Deus, que seja assim. Ele sempre tem um motivo para que as aproximações existam!

A lei do sublime amor é clara: “Temos que ser persuasivos temos que ser acreditáveis. Para ser acreditáveis temos que ser dignos de crédito. Para sermos dignos de créditos, temos que ter sensibilidade apurada, e acima de tudo, pregar o amor o tempo todo, se necessário usar palavras”.

O amor sublime busca a verdade. Ele é a personificação do belo. Amor assim aceita derrotas com os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a insegurança de um adolescente. Vamos explicar isso melhor. O amor é uma construção que está sempre sendo construída. É diferente do canto do pássaro que na juventude é célere, belo e lindo. Mas, quando a ave envelhece, ela silencia, deixa de cantar. Com o ser humano não é assim.

Imaginemos um casal de aposentados que enfrenta obstáculos de toda natureza: dor, medo, solidão, necessidades... É um arremedo de felicidade a espera de um futuro que nunca vem e nunca virá. É a velhice, inexoravelmente se apresentando com seu estilo de degradação e decrepitude, pondo o amor a toda prova. Nesse estágio da vida não há mais sonhos, projetos de vida... Há somente sobras de recordações dos dias felizes, e são poucas... Tudo era tão primaveril e fazia sentido. Agora, esperança nenhuma! Desesperança, quase todas se misturam no horizonte. Ainda bem que o amor é sublime. Deus o criou para ser essência eterna no convívio e o põe à prova. Um exemplo: “A esposa está com a doença Alzheimer e não conhece mais ninguém. Um dia um parente que os visitava comentou assim: ‘Por quê essa preocupação toda? Ela nem o reconhece mais?’ E o esposo respondeu: ‘Ela não sabe quem eu sou, mas eu sei quem ela foi!’ Isto é o que chamamos de amor, sublime amor. Um só coração. Nem a morte, pode os separar, a separação é apenas temporária.

Atenção, o Ministério da Saúde Emocional adverte: é proibido “conter” dentro de si a sensibilidade. Não a aprisione, liberte-a! Ponha a sua sensibilidade à prova a todos os instantes. Somente assim vai ser possível o engajamento com o sublime amor e aproximar-se de Deus.

Salvo algum engano, há inúmeros homens que se dizem maduros, mas, vivem beirando a desordem, com total insensibilidade em relação à família, ao trabalho, aos filhos, e a Deus. Vivem no limite da leviandade, sem propósitos e compromissos com a vida responsável. Acreditam que o amor é como atirar uma seta para o ar e depois, pintar um alvo onde quer que ela caia. Hipócritas é o que são!

Mas a vida é assim mesmo, onde há calma, observo. Onde há alma, absorvo. “Então a nossa boca se encheu de risos e a nossa língua de cânticos. Então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes. Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres”. (Salmos 126: 2 e 3)

Lembrete pertinente: A meditação acima tem tudo a ver com o sublime amor. Que seja esse o nosso universo!


Reflexão – É fácil identificar quando o amor é sublime. “Ele é paciente, é bondoso... Não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor... Tudo sofre, mas tudo suporta”. (1 Cor. 13-4:7)

Na linguagem do Mestre de Nazaré o homem para receber precisa tornar-se receptivo. Essa receptividade é a condição indispensável e tem que ser aceita. A vida é uma eterna mudança, nada é permanente exceto a transformação.

Pode o amor sublime mudar o conceito que se tem sobre a vida? Claro que pode! Vamos ao ponto. O amor é um sentimento que vive e revive, apesar de nós mesmos! Por mais diferente que a gente seja, a gente quer a mesma coisa.


Antônio Valdo A. Rodrigues

E-mail: valdo11rodrigues@yahoo.com.br
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