Órfãos de luz

“Saber é saber que sabes quando sabes, e saber que não sabes quando não sabes”. (Confúcio)


Para refletir sobre a luz é necessário saber o que é a luz. E se perguntassem a você: “O que é importante, mas que tudo? Que está sempre ao seu alcance? Que é bom quando ela se revela e você se agrada em saber que ela está por perto?” Já descobriu? Vou dar mais uma dica: “Ela é um ingrediente que não pode faltar em nossa vida, porque se faltar, imediatamente, em curto prazo, será decretado nosso fim?” Com certeza você já sabe a resposta. É a luz! O detalhe é que estamos tão acostumados com a luz que temos dificuldade em valorizar sua importância.

Uma coisa que precisamos aprender é que, não há nada na terra que possa satisfazer nossos mais profundos desejos e necessidades do que a luz. Pense um pouco, como seria a sua, a nossa vida sem luz? Quem não precisa de luz por fora? E por dentro? A propósito, quando olhamos para dentro, gostamos do que vemos? Sei não! Estamos querendo dizer que a luz é uma “esteira rolante” para o nosso coração. A jornada é íngreme, trabalhosa, cheia de atalhos, desertos. Alguns desistem de caminhar... Falta-lhes luz, muita luz!

Precisamos de luz. Ela ilumina nossa face, revela e realça nossas rugas. É verdade, a luz mostra nossas imperfeições. Quanto mais espaço a luz tiver, mais vamos conhecer e nos conhecer. A luz é a voz de tudo aquilo que está silencioso sem ter a faculdade de se exprimir.

Todo tempo é tempo de luz, independente das circunstâncias, a luz é sempre bem vinda! Ausência de luz é ausência de tudo e isso leva ao desespero. Há mais luz para a sua, a nossa vida do que jamais imaginamos. A vida é como um bom livro. O “autor” guarda o melhor para o final. Alegra-nos saber que algo dentro de nós anseia por esse mais...

Nós nunca vamos conhecer a luz na grandeza e proporção que ela é. Ela existe descentralizada de um templo religioso. Ela está onde predomina o que é o bem. Não é preciso entrar para a história para construir um mundo melhor, basta cuidar da luz, da tua luz para que ela se renove sempre e jamais se apague. Luz, em vez de descrevê-la, vamos conhecê-la.


“Como identificar quem tem luz? É fácil! Tem luz quem reúne o melhor do seu esforço para submeter seus dias ao: trabalho, família, amor, alegria, paz, paciência, generosidade, virtude, fidelidade, mansidão, autocontrole. Falhas sempre vão existir, mas esses disparates, não podem ofuscar a graça e a paz. Assim, com esse propósito, não vai ser difícil ao anoitecer colocar a cabeça no travesseiro e descansar...

E os órfãos de luz, quais são suas atitudes? São os que teem a vontade mal educada. São indolentes. É a indolência do pouco caso, da irresponsabilidade com as coisas sérias da vida. O indolente deixa de fazer o que deve, esperando que os outros façam. Não gosta de horários, nem de disciplina. Normas, regras, limites, nem pensar! É inimigo do trabalho e da ordem. Nada faz pelo progresso. Está situado no plano dos parasitas, acomodados e pífios. A falta de luz realça o pecado do homem indolente. Enquanto o mundo exige atividade e ação, o indolente vê o que passa sem vontade de participar do movimento que reclama a sua presença.

Ninguém pode eximir-se do dever de trabalhar bem, de evoluir e ter progresso. Essa é a graça maravilhosa e a grande satisfação da vida. O Universo inteiro é uma oficina de luz permanente e todos precisam ser operários ativos e diligentes dessa grande oficina. Os que ficam à margem da estrada são os que não compreenderam ainda a importância da luz”. (Luís Matos)


Reflexão – Cuidar da luz é cuidar da vida. Ainda que saibamos que a luz é uma pergunta sem resposta e só quando ela se apaga é que percebemos a falta que faz. A luz está para a alma, assim como a alimento está para o corpo.

Por fim é importante saber que o planeta não é aquela maravilha que esperamos. Ele pode até ter momentos de alegria e prazer, mas, não são plenos de graça e paz. Sem luz somos inseguros sujeitos a tropeços. E Deus disse: “Ame o seu inimigo!” E eu obedeci, amei a mim mesmo.

No mundo em que vivemos é fácil nos tornarmos amargos, confusos, desconfiados, desencorajados e até deprimidos. Mas, afinal há ou não há coisas boas pelas quais possamos nos alegrar? Justiça seja feita!


Antônio Valdo A. Rodrigues
Clima Bebedouro

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