“Há pessoas que mudam a famosa frase de Descartes: “Penso, logo existo”, para: Primeiro existo, depois vou pensar nas consequências”.(Mário Brito)
Ninguém nasce sensível! Aprende-se a ser sensível. Já observaram as crianças? Já nascem muito estranhas: puxam os cabelos das outras, pegam seu brinquedo, atiram pedras, xingam, desobedecem... E a coisa por aí vai. Com a insistente e incansável educação dos pais, dede cedo, a criança vai se formando, se informando, entrando na forma, no caso a família. Aqui vai uma dica: quando os pais perceberem que está faltando algo e a família está se desestruturando é sinalização urgente para que a paternidade esteja mais presente à função de instruir, educar, orientar, ensinar, ajudar os filhos, tendo como propósitos alem do progresso material, o comprometimento espiritual.
Como seria bom se um pai dissesse ao filho algo assim: “Filho, não pega bem afastar-se de Deus. Com Ele você sempre vai saber tomar decisões importantes na sua vida. E tomar as melhores decisões é você sair da sua zona de conforto e fazer não só as tarefas que o agradam, mas aquelas que precisam ser feitas por você. Creia nisso!” Aqui é bom deixar claro que o pai e a mãe pelo exemplo de vida, precisam ser modelos ao filho.
Agora o que aconteceria se o filho pedisse para que o pai se definisse com apenas uma palavra? Isso mesmo, uma única palavra que simbolizasse a importância dele ser pai. Vamos admitir que o pai dissesse: “Sensível”. Certamente seria super gratificante para ele e para a família como um todo. Quando a sensibilidade é o clima familiar, é sinal que os pais exercem autoridade, os filhos são obedientes e todos fazem o amor dar certo.
Juntar o sêmem a um óvulo é fato biológico, fácil de fazer. Depois é só por o filho no mundo e “lançá-lo à sorte” para ver o que dá. Que lástima! Gerar uma vida não pode ser ato amadorístico, imaturo, irresponsável.
Há uma expressão latina assim: “Alea jacta est”, “A sorte está lançada”. Teria sido usada pelo General Júlio Cesar. Ele não poderia arriscar transpor o rio Rubicão na Península Itálica, mas violou essa regra, cruzou o famoso rio, acreditou na “sorte” e lançou seu exército à batalha. Faltou ao general sensibilidade para não acreditar só na sorte, mas principalmente nas suas verdadeiras possibilidades. Resultado foi derrotado e morreu assassinado.
Podemos entender que contar com a sorte é pura aventura sujeita à decepção em qualquer situação. Outro exemplo, Hitler foi a mais terrível aberração da humanidade. Com sua total insensatez causou horror e maldade a milhões de seres humanos. Mas qual a razão dessa avassaladora tragédia? É fácil entender. Esse holocausto aconteceu porque quando criança seus pais nunca falaram de Deus, não o ensinaram a ser temente a Deus. Assim ele foi crescendo sem qualquer espécie de sensibilidade. Guardadas as devidas proporções há pais “hitleristas”. São pais que contam com a sorte e não ensinam o que “não aprenderam”, mas alguém deveria ter ensinado... E o filho fica perdido sem saber identificar valores do que está certo e o que está errado. Essa criança vai ser mais um adulto insensível. Que lástima!
A expressão: “O amor é a luz do mundo”, não é clichê e nem “mofo cultural”. Compartilhar o amor é inspirador. Assim como o amor é necessário, a sensibilidade é necessária. É uma mudança que pode demorar um pouco, mas, vale à pena porque depois tudo vai ser mais interessante. Somos como um enorme transatlântico, impossível mudar de direção de um instante para outro, mas, depois que muda pega outra direção, vai embora. Assim tambem somos nós, cada um no seu tempo.
Vivemos em dois mundos: O mundo de fora e o mundo de dentro. O mundo de dentro será mais verdadeiro que o mundo de fora quando os outros conseguirem enxergar em nós a sensibilidade que tanto insistimos dizer que temos, mas que às vezes, não passa de uma balela, uma sombra sem substância, difícil de agarrar.
Reflexão – O objetivo deste texto é trazer à luz um debate fundamental aos pais, afinal a sensibilidade é ou não é algo admirável que determina a identidade, destino, felicidade dos filhos?
O problema do mundo não é ter gente de mais, é ter cada vez mais gente com menos sensibilidade. Infelizmente muitos não admitem a mentira que estão vivendo. Acham que ter fé nos ensinamentos do Criador é uma ameaça à sua liberdade. Convenhamos, a liberdade nunca é legal, não tem graça, quando desprovida de amor, alegria e a paz verdadeira. Convenhamos, não é legal mesmo!
Antônio Valdo A. Rodrigues