“Seu olhar parece mais um modo de escutar” (Mia Couto)
Conta-se que uma senhora dirigia o seu automóvel quando ao aproximar-se de um ponto de ônibus avistou uma jovem conhecida. Parou o carro e perguntou: “Vai à cidade?” “Sim”, foi a resposta. “Entre, estou indo para lá!”.
Após percorrer algumas quadras o sinal ficou vermelho e ela parou o veículo. Quando o semáforo mudou para o verde ela acelerou, mas o carro morreu. Impacientemente, logo atrás, uma motorista ficou injuriada, buzinou repetidas vezes e furiosamente ultrapassou em velocidade alta e ainda gritou: “Oh, sua lesma!” e fez um gesto obsceno com a mão. A moça ao lado que tudo observava disse: “Por que a senhora não reclamou da intolerante e mal educada motorista?” Com um sorriso, aquela senhora falou: “Não é necessário ser grosseiro ou discutir sobre algo tão insignificante. A jornada juntos é tão curta! Logo chegaremos à cidade e tudo estará bem!”.
A resposta merece ser escritas em letras douradas no nosso comportamento diário, em todas as situações: “Não vale a pena discutir, afinal, nossa jornada juntos é tão curta!".
É verdade, se cada um de nós pudesse perceber que a nossa passagem pelo planeta tem uma duração tão curta, porque escurecê-la com brigas, argumentos fúteis, não perdoando os outros com ingratidão e atitudes ruins? Claro isso seria um grande desperdício de tempo e de energia.
Alguem quebrou seu coração? Fique calmo, a viagem é tão curta. Alguem lhe traiu, intimidou, enganou ou humilhou você? Fique calmo, perdoe, a viagem é curta. Qualquer sofrimento que alguem nos provoque vamos lembrar que nossa jornada juntos e tão curta... Portanto sejamos cheios de gratidão e doçura. A doçura é uma virtude tão importante quanto o caráter. A doçura enriquece a grandeza e fortalece a dignidade. Nossa jornada juntos aqui é muito curta e não adianta querer viver atrelado a problemas. O amor sempre dá novas chances!
Ninguem sabe a duração de sua existência, ninguém sabe se terá que descer na próxima parada... Vamos, portanto acalentar e manter a doçura e amabilidade com familiares, amigos e mesmo com os que não fazem parte de nossa vida. Vamos tentar nos manter calmos, respeitosos, gentis, gratos, solidários, perdoando uns aos outros. Se te machuquei, peço perdão e lembre-se, a viagem aqui é tão curta...” (Adaptação da internet)
Você Cláudia, com o poder do amor, da sensibilidade e da compreensão é capaz de ajudar-se e aos que estão ao seu lado. Há momentos que nos sentimos como um navegante perdido em oceano tempestuoso, sob o céu nublado e sem bússola nem estrelas para se orientar. Deus não quer que seja assim, mas Ele permite que o homem passe por provações e possa exprimir o seu modo de ser. Nem sempre podemos construir um futuro para a nossa sensibilidade, mas podemos construir uma sensibilidade para que nosso futuro seja melhor. Ninguem tem o direito de economizar-se para amar, em hipótese alguma. Amar é glorificar a Deus e nem sempre o que é mais importante para nós é mais importante para Deus. Nós temos a nossa urgência, Deus tem a urgência dele que é diferente da nossa e nós, temos que, entender isso direitinho, e dar tempo ao tempo. Outra coisa relevante Cláudia, você precisa decidir se você quer ter razão ou você quer ser feliz!
Reflexão – De uma perspectiva meramente humana, a vida é uma breve luta onde a vitória é vã e o vencedor nada ganha. Mas quando nos aproximamos da infinita bondade de Deus com amor e respeito, temos a certeza que nossas dificuldades são momentâneas, em vista da eternidade que nos espera. A viagem é curta, curta-a, pois! Mesmo que a vida seja exigente, sempre seremos aprendizes da sensibilidade, afinal nada é definitivo...
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaio, mas é sempre possível tocar os sentimentos de alguem com doçura, antes que a cortina se feche e o espetáculo termine sem aplausos.
Felizes os que dão mais e exigem menos, esses combatem o bom combate. Depois é só descansar sabendo que fez sentido o esforço para se deixar o mundo um pouquinho melhor...
Antônio Valdo A. Rodrigues