“Na dor, o corpo e a alma caminham juntos”. (Erasmo de Roterdan)
(12 de maio) - Enfermeira é a profissional que cuida dos enfermos. É uma ocupação nobre, um sacerdócio gratificante quando técnica, paciência e carinho caminham juntos para o bem estar do paciente.
A sua relação com o enfermo é continuada, somente sendo interrompida com a alta ou, nos limites extremos, quando a vida deixa de existir. Mas em compensação vem a alegria ao ver a mãe deixar a maternidade com o seu bebê nos braços.
A profissão tem o seu lado sombrio, quando o paciente agoniza. Os familiares sofrem, todos sofrem juntos e a ciência médica nada pode fazer. E o óbito acontece! É a realidade sobrepujando a esperança, evidenciando que a vida terrena é insignificante e a jornada existencial um dia chega ao fim... E a enfermeira vê tudo isto de perto. Poucos pensam nisso!
E a fila dos aflitos aumenta sempre! Pacientes e mais pacientes, às vezes com um fio de esperança, quase que uma luta perdida, mas há a profissional presente, dia e noite, como um divisor de águas, não deixando o ânimo arrefecer, cuidando, assistindo, tocando, falando, medicando, sorrindo, acompanhando com amor, confortando com resignação e reservas de dedicação...
E nesse mister muitas vezes a atitude da profissional é traída pelas lágrimas escondidas... Ela não entende porque o ser humano tem momentos de glória e momentos de tanta dor...
Assim é o dia-a-dia da “enfermeira-padrão” e também daquela que é: “padrão de enfermeira”, pelos requisitos de responsabilidade e bom atendimento, não deixando nada a desejar na fundamental parceria para que os bons resultados aconteçam logo, e tudo seja mérito da equipe.
Poucos são os dedos das mãos, as horas do relógio, as pessoas disponíveis, os equipamentos, os medicamentos, para o muito que as enfermeiras precisam realizar diuturnamente para devolver ao paciente a esperança de retornar à vida saudável.
Dor é a sensação aflitiva de desconforto do sentimento humano, mas é com ela que, vez ou outra, temos que conviver. E a trilogia: médico, enfermeira, remédios se revezam e se completam para acelerar o padrão de saúde tão desejado: bem estar físico, mental, espiritual, social, emocional. Toda esta responsabilidade sobra mais para quem está lá na ponta de tratamento e tem contato direto intensivo com o doente. É a enfermeira, depois de Deus que, esquecendo-se de si própria, reúne o melhor do seu esforço para que o enfermo recupere logo a saúde e se integre ao seu bem estar.
A enfermeira tem felicidade ao ver o leito vazio, mesmo entendendo que foram momentos de dor, aflição, mas que permitiram existir além de uma recuperação, uma amizade que transcende e que não é esquecida. Sempre a enfermeira sendo alívio de dor e representando esperança na vida de muitos.
Esse é o universo da enfermeira: ver padecer e padecer. É a dor presente nos dois lados. É verdade, a enfermeira não existe por acaso. Deus a fez assim. Ela foi escolhida por ser vocacionada a gostar do que faz. É verdade ela tem um saber intrínseco para cada tipo de abordagem e desafio. Ela sabe perfeitamente que não existem doenças, existem doentes, sendo cada um com a sua realidade específica. Eles são assim mesmo, um é diferente do outro. E ela sabiamente abre caminhos onde ninguém imagina, mesmo às vezes, quando muitos acham impossível, ela acredita na vida.
Reflexão – Enfermeira, parabéns neste dia “12 de maio”. Tenho certeza você vai ser lembrada por muitos porque é através do teu convívio que sentimos Deus ecoando entre nós, aliviando-nos do desconforto. Nós te reverenciamos com beijos, abraços, flores, luzes, muito afeto e as mais belas melodias. Neste dia as estrelas vão acender só para você trazendo graça e paz!
Fique com esse pensamento de: Emmanuel: “Os melhores servos de Deus são os que contribuem de alguma forma, para o bem-estar da humanidade”.
Em tempo: Homenagem extensiva, aos Enfermeiros e a todos os profissionais da saúde.
Antônio Valdo A. Rodrigues