Cenário de pandemia apresenta óbito suspeito - na íntegra

Após ser acionada pelo Plantão do Hospital Municipal na noite de segunda-feira (6), a Vigilância Epidemiológica soube de uma menina de 13 anos com insuficiência respiratória aguda grave, na qual o óbito suspeito consiste em Covid-19.

A coleta de material foi feita depois da solicitação do médico plantonista. “Se é realmente Covid ou não. Vamos aguardar o resultado do laboratório conveniado. Esperamos que o resultado saia entre cinco e seis dias. A partir do momento em que temos um óbito suspeito temos 24h para notificar. Não estamos expondo população em velório. Nesse momento o Ministério determinou que não tem mais SVO, Serviço de Verificação de Óbitos, que são os casos em que a pessoa morre e não sabe do que morre, encaminhávamos para o SVO para fechar o diagnóstico através de exames. O Ministério bloqueou esse serviço. Não temo como encaminharmos óbito para o SVO. Qualquer suspeita será conduzida dessa forma”, explicou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Thaís Teixeira a nossa reportagem após a Coletiva de Imprensa na terça-feira (7) pelo Bebedouro Clube.

Para prevenir o contágio indica-se lavar as mãos com água e sabão e usar álcool em gel; cobrir nariz e boca ao espirrar e tossir; evitar aglomerações; manter os ambientes bem ventilados; e não compartilhar objetos pessoais.  70 casos suspeitos, sendo cinco casos confirmados e 17 descartados foram os números apresentados até o fechamento dessa edição no começo da tarde de quinta-feira (9). Sendo que os dados abrangem o Hospital Municipal Julia Pinto Caldeira, e as duas unidades da Unimed. No qual Saúde Pública e Privada divulgam os casos juntos, conforme ressaltou o prefeito Fernando Galvão. “De casos suspeitos quando iniciamos a coleta de material em nossa cidade foram três em 17 de março. Depois de três semanas chegamos a 70. Casos suspeitos não são casos confirmados, mas são indicativos claros dos sintomas de coronavírus e do crescimento exponencial que aconteceu nas últimas três semanas. Sinal que o vírus está circulando pela cidade. A Saúde acompanha os casos e determina o isolamento das pessoas em suas residências para aguardarem os resultados e as contraprovas”, comentou o prefeito.    

O Decreto 14.072, de 07 de abril de 2020 disciplina medidas a serem adotadas pela Administração Pública Municipal Direta e Indireta, na qual o prefeito declarou Estado de Calamidade Pública, sendo que a quarentena foi prorrogada até o próximo dia 22. Dentre algumas medidas constam corte dos subsídios do prefeito e vice-prefeito na ordem de 30%, e a suspensão por prazo indeterminado, de férias e licença-prêmio deferidas ou programadas dos servidores das áreas de Saúde, Segurança, Defesa Civil e do Serviço de Velório e Cemitério.

O presidente da Unimed Bebedouro Caio Simões participou do evento. “Conversei com o prefeito para que fosse estabelecida uma conduta em conjunto para informar a população. Não existe receita de bolo. Nunca ninguém passou por isso. Estamos vivendo isso e se esforçando ao máximo. Não sabemos se o distanciamento social é a melhor solução e decisão. Temos que ter a responsabilidade de pensar no que é melhor para nós, família, amigos e população. No atual momento é nos afastarmos para que depois quando formos abraçar que não falte ninguém”.

Romulo Camelini, médico e vice-prefeito fez as suas observações. “O que acontece é que tudo é novidade. Já passamos por dengue e H1N1. Podemos falar de protocolos, mas ainda no meio científico ainda não temos armas que realmente são evidências que nos mostrem que são eficientes. Infelizmente não temos hoje. E a única coisa que temos no mundo todo é o isolamento social”.

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