Ode aos deficientes

(Um Monge Solitário)

 

Já não pode mais minhas mãos,

cobrirem-me o rosto, não ás tenho mais.

Minhas vida é hoje somente de tristes ais,

e de amara sofreguidão!...

 

Quisera eu compor-me o rosto com elas,

tocar-me todo o corpo já invalido.

Para mim a vida já perdeu sentido,

só orfateio da flor o olor das minhas belas!

 

Dou graças porque inda ouço e vejo,

tudo o que ronda diante de mim.

Quisera eu, não estar tão sôfrego assim,

mas não tenho o direito no que almejo!

 

Triste destino é a cadeira de rodas,

mas é amiga, pior seria um triste leito de dor.

Se Jesus Cristo ate morreu por amor,

quem sou para reclamar se o destino fez poda!

 

 

“Tudo o que não tem remédio,

remediado já está”.

 

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

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