Silenciosos Espios

Diác. Antonio Antognolli Sobrinho.

(Um Monge Solitário)

03 de Outubro de 2.017.

 

De olhos baixos por ti passo

com o rosto pendido como se não te vejo.

Meio macambúzio mas bem que te desejo

num ragaço de um forte abraço!

 

O manso regato ao qual te banhas

pelas frestas da minha janela, nua te espio.

Com a beleza tua, eu todo me arrepio,

teu corpo lindo me assanha!

 

Quisera não foste nada sombrio

este sonho de um amor tão ardente.

O vento no bambual bate assovia gemente,

dos cachos teus quisera um fio!

 

Volta a mente, pálida lembrança,

longos cabelos teus em grandes mexonadas.

Micantes a boca tua toda adornada...

do amor, só a vaga esperança!

 

“Viverei até cento e vinte anos?...

-Sim,...

Se a traça não corroer primeiro”.

 

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