A sombra passa

(Um Monge Solitário)

 

A melancólica sombra passa,

vem a clara suave bonança.

Que meu gládio não perpassa,

a misericórdia e a esperança!

 

Que fuja a melancólica sombra,

e se decline como se dormida.

Os passarinhos dela zombam,

nas suas canções mais doridas!

 

Açoitam os campos as vagas serpentes,

que se ocultam as pederneiras.

Se mexe com elas mostram os dentes,

Nos seus aglácios são ligeiras!

 

O lívido veneno logo injetando,

á presa que descuidada aproxima.

A sombra da morte vai deixando,

a vítima logo se declina!

 

 

“Não há veneno mais mortífero

que o ódio do ser humano”.

 

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

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