Murcha Flor

(Um Monge Solitário)

 

Dentro da flor azul, um firmamento,

que pouco a pouco se escassa.

Se desprende do galho seu forte rebento,

agora caída- que eterna desgraça!

 

Quisera olhar-te oh flor de belos fulgores,

agora já vagas no eternal vazio.

Dar-te ramalhetes a mil amores,

mas secaste - já ronda o estio!

 

Tiveste lene odor descampada primavera,

abandonada as mortíferas liambas.

Entre os áridos lapídeos jamais estiveras,

nem atirada entre as muambas!

 

Agora ao ermo atirada perdeste o azulado,

etérea flor, ao árido deserto atirada.

Ao putrefar já está teu perfume fadado,

vibram as violas - cordas bem afinadas!

 

 

“O cavalo é o símbolo,

é o símbolo do triunfo” (Apocalipse 19, 11)

 

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

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