Coisas da Vida

Quem de nós já não passou momentos de angústia, dor, desânimo ou revolta e, como reação natural, procurou um “culpado” ou responsável?

Conta-se que um homem socialmente realizado, porém estressado pela correria do dia a dia e preocupações decorrentes da família e profissão, encontrava-se no seu limite. Fugindo do burburinho da cidade grande, refugiou-se numa capelinha de beira de estrada pequena e mal conservada. Dentro dela, havia um crucifixo sujo e esfolado e, no seu pedestal, uma tabuleta com alguns dizeres. Limpando a poeira da placa, leu o seguinte recado:

“Se te sentires infeliz... Eu sou a LUZ e tu não me vês. Eu sou o CAMINHO e tu não me segues. Eu sou a VERDADE e tu não crês em mim. Eu sou a VIDA e tu não me procuras. Eu sou o MESTRE e tu não me ouves. Eu sou o SENHOR e tu não me obedeces. Eu sou o teu DEUS e tu não recorres a mim. Eu sou o teu grande AMIGO e tu não me amas. Se te sentes infeliz, a culpa não é minha”.

Como nada acontece por acaso no plano de Deus e Ele nada permite sem uma razão e objetivo, coincidente ou providencialmente, depois da leitura da mensagem, o homem começou a chorar. A “ficha caiu” e aquele que até então sentia-se correto e perfeito no cumprimento de seus deveres de cidadão íntegro e cristão bem comportado, parou, refletiu e, dali pra frente, começou uma nova fase em sua vida. Descobriu que não vale a pena preocupar-se apenas e desordenadamente com as coisas materiais, procurando um “bode expiatório” para culpar e justificar-se.Aquele homem aprendeu que em nossa vida tudo tem seu tempo, sua hora e seu lugar. A prioridade é Deus e as coisas de Deus. O restante vem por acréscimo. Um passo por vez, sem perder a noção de nossas limitações e capacidades.

Lembre-se que não foi em vão que Cristo morreu de brações abertos na Cruz. E esses braços continuam abertos para nos acolher com amor de Pai. Recorramos a Ele sempre!

 

Cônego Pedro Paulo Scannavino

Paróquia São João Batista

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