Vício odioso

“Só não existe vitória quando se perde a esperança.”(Sócrates)


Hoje vamos falar sobre uma doença, o alcoolismo. O homem vive perfeitamente saudável sem fazer uso da bebida, mas insiste em achar que sabe lidar com o álcool. Não é verdade! Ele acaba ficando dependente. Assim, tristemente o consumo de bebidas alcoólicas vem aumentando cada vez mais.

Por que acontece esse vício odioso? Falta de prevenção continuada direcionada aos jovens. Em família, a atuação dos pais deveria ser mais eficaz.           Um pai coerente ensina o seu filho pelo seu exemplo a não ter aproximação com bebidas alcoólicas. Também na escola os professores deveriam insistir sobre malefícios do álcool.

O alcoolista deixa muito a desejar! Ele dirige perigosamente o seu automóvel. É um membro ausente no lar. Os filhos são órfãos de pais vivos. No trabalho não tem persistência, sofre acidentes é irresponsável e sua auto-estima é baixa. Mas não é demais lembrar que o dependente do álcool é um doente que precisa ser tratado. O seu DNA é defeituoso levando-o a ter uma atração incontrolável pelo consumo de álcool. Nestes casos o doente vai querer beber sempre mais. Esse é o problema que existe com sua fita genética.

As consequências desse vício odioso são: abandono e desentendimentos em família, baixa produtividade e perda do emprego, perda de credibilidade. O vício destrói, compromete a saúde e só traz arrependimentos...

Como podemos ajudar? Família e amigos verdadeiros precisam ficar comprometidos em querer resgatar o bem estar do cidadão. Apoiar e elogiar o progresso pessoal e as boas atitudes. Não criticar jamais! Encorajar: “Você é uma pessoa importante e nós precisamos muito de você!” “Você vai vencer, vai conseguir!” “Com a ajuda de Deus nós vamos ter entre nós um homem renovado”.

É fácil criticar o dependente químico. É como falar das águas violentas de um rio que com a fúria de sua correnteza a tudo arrasta. Mas são poucos os que observam a pressão com que as margens comprimem essas águas. Há familiares difíceis, problemáticos, chefes injustos, dificuldades financeiras, falsos amigos. Estes são alguns fatores que representam a pressão das margens do rio.

E o doente acaba não aguentando a violência. Ele escapa de casa e procura refúgio no bar acreditando que vai conseguir livrar-se dos problemas pessoais. Ledo engano! As coisas pioram. Sua vida vai ficando cada vez mais enrolada, detonada, inclusive o desempenho sexual. O amor próprio fica arruinado, a liderança cai em descrédito e aquele “meio-homem” não é confiável porque  tem uma atuação sem qualquer requisito de qualidade.

Diálogo entre a garrafa e o homem “Aproxime-se da bebida, disse a garrafa. Não posso, tenho medo, respondeu ele. Aproxime-se da bebida, a garrafa repetiu. Não posso, ficarei prisioneiro, queixou-se o homem.

Aproxime-se da bebida, ela insistiu. E ele se aproximou... E ela o arrastou para a embriaguês Uma vida de turbulências, aborrecimentos e frustrações.

Já imaginaram um médico neurologista beber antes da cirurgia? E o comandante de um avião pilotará bem após uma dose de uísque? E a enfermeira dará o remédio certo ao paciente certo? E o juiz de Direito julgará com bom discernimento? E o professor será respeitado pelos alunos?


“O vício do álcool cobra quatro espécies de impostos: a perda do tempo, a perda da motivação, a perda da saúde, a perda do dinheiro. Tudo em torno do viciado é de inferior qualidade: o traje é descuidado, a higiene pessoal é péssima, a casa sem alegria, na mesa falta o pão, o cônjuge e familiares são sofredores, o diálogo com os filhos não existe e eles não teem com quem compartilhar seus problemas e conquistas, as dívidas existem aos montes e em casa todos sentem vergonha porque o cálice da vida é azedo, odioso, insuportável”. (Rui Barbosa)


Reflexão – Beber é como sentar-se em uma cadeira de balanço. Ela o distrai, mas não o leva a lugar algum. O vício prejudica, degenera.

Súplica do dependente do álcool: “Oh Deus! Abençoa-me! Ajuda-me a ser aquele filho, cônjuge, profissional que o Senhor gostaria tanto que eu fosse, mas eu sei que não sou...”

A Organização Mundial da Saúde (órgão da ONU) tem esta definição: “Saúde é o completo bem estar físico, mental, social e espiritual e não só ausência de doenças!”.

Não passe pela vida, cresça através dela. Deus jamais abandona seus filhos, mas alegra-se com aqueles que voltam mais fortes e mais dignos. E são muitos os que o amam. Você vale o que sua companhia vale.


Antônio Valdo A. Rodrigues
Clima Bebedouro

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