Inquietudes

"O homem que não tem retidão de dedicação é uma impossibilidade em qualquer circunstância’’. (Gabriela Hardt)


Quem ama tem retidão de dedicação. E se não existisse, ‘retidão de dedicação’ teria que ser inventada. Vamos ver isso de perto.

Casamento acorrenta? – Conversa! Quem fala assim está desinformado ou quer desinformar. Ainda não sabe amar. Não entendeu o propósito da família. Importante compreender o significado das duas famílias: a que nos gerou, que pode ter sido problemática; e a que vamos gerar e esperamos não ser motivo de inquietude a ninguém. Família transformada não é um milagre, é apenas a presença de Deus no processo. Quando não há normas, limites, regras, cumplicidade, os pais não têm autoridade e os filhos não têm disciplina para obedecer. Com uma família assim nunca se tem a certeza que o pior momento tenha sido o último.

Os difíceis – E como há gente incontornável! Mesmo tendo consciência das atitudes erradas, fazem questão de permanecer no erro. São acostumados a ‘demonizar o conceito do bem’. Assim não dá para ser feliz. Não querem compreender o significado da sensibilidade. Vai saber? Qualquer coisa serve! Não é legal viver levianamente sem o compromisso de um momento presente coerente. O coerente sabe o que quer e principalmente o que não quer. E não adianta pretender levá-lo na direção oposta, porque ele tem bases e bons referenciais para fazer a correta leitura da vida.

Os filhos - Eles nascem com uma natureza para a rebeldia, sem a capacidade de obedecer. Para complicar ficam expostos a um sistema de valores pecaminoso e imoral: televisão, internet, ausências de pai e mãe no lar... Educar os filhos sem a Palavra, não vai dar para chegar a bom resultado. O ponto de partida é deixar derramar um pouco de Deus na família para que, pais e filhos tenham intuitivamente a convicção de que é necessário sempre almejar o certo e o justo.

A palavra é sábia – ‘Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há, e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento’. Fala a verdade, precisa mais? ‘Sinto muito Valdo, receio que eu não possa ser exatamente assim!’ Pode sim, é só querer. É melhor arriscar no que não conhece, a continuar errando como sempre errou.

Palco iluminado – No enganoso mundo hedonista a maioria se satisfaz com coisas vãs, como se não fosse existir momento seguinte. Ninguém é belo, feliz, popular, querido, ninguém se sente bem o tempo inteiro. Sempre estaremos transitando sem saber como lidar com: frustrações, aplausos, críticas, glória, vergonha, dor. A sedução está sempre presente entre os homens. Uma hora o bicho pega e eles murmuram: ‘Que pena, minha vida era um palco iluminado!’. Era? E por quê não é mais? Será que foram só os outros que erraram? Agora a realidade é obscura. Pretender ser feliz é uma coisa. Reunir o melhor do seu esforço para fazer a sua parte é outra coisa.

A laje pesa – Conversando com um ex-presidiário que havia cometido homicídio, após cumprir oito anos de reclusão, ele fez esta revelação: ‘Sabe Valdo, a laje pesa! Como eu me arrependo!’ O casamento é mais ou menos assim. Quando há a separação, que tristeza abissal! Quanta dureza nos corações! Todos perdem: ele, ela, principalmente os filhos. Como a laje pesa! A vida tem desafios e muitos, mas vale à pena perseverar porque a regra é clara: muita família, muito poder; pouca família, pouco poder; nenhuma família, nenhum poder.

Entardecimento – Seja jovem, velho, idoso, ancião, faça a diferença! Sempre é tempo para ser diferente, fazer simples o que é preciso fazer. O resto acontece naturalmente. É só acreditar. Tudo passa a ser rotina quando fazemos o amor ser fiel, com ‘retidão e dedicação’ dentro de nós. Esta é uma ordenança de Deus: ‘Amai-vos como eu... ’

Reflexão – Saber amar dissipa a lassidão, desperta o entusiasmo, ilumina o corpo, clarifica a percepção. O afeto só pode ser compreendido no âmbito de uma continuidade de longa duração, que por assim dizer, atravessa todas as circunstâncias desfavoráveis. É certo que um dia seremos julgados pela ausência de um profundo, sério pertencimento à família integral. Acredite na virtude do casamento. Não há alternativa! É só levar Deus a sério porque Ele não nos livra ‘da inquietude’. Ele nos livra ‘na inquietude’.

Nota – Quando se analisa o comportamento humano, não há espaço para ‘nós’ contra ‘eles’. Nós somos ‘egoísmo’. Eles são ‘parcerias’. Pense nisso!

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