Diác. Antonio Antognolli Sobrinho.
(Um Monge Solitário)
02 de Outubro de 2.017
A beleza do amor que da roça viéste,
Muito claudicaste minh’alma impura.
Âmaro pranto dependurei no estêio agreste,
trouxeste ao meu rancho, triste amargura!
não morrerás a alma que se mortifica,
nem a calma terás a que tem no mortúrio.
A lágrima triste sei que santifica...
corpo inerte, é patente o morfúrio!
Tecem no ardos plátanos nus, esvoaçantes
folhas, encobrindo largos mosquedeiros.
Dos campos fogem passarinhos mendicantes,
se desconhecem deles seus paradeiros!
Peregrina estrela da manhâ surgiste...
uma longa estrada de espinhos mostrando.
Tu minh’alma, seguirás por este caminho triste,
...escuro caminho, âmara estrela alvorando!
“Doce é a manhâ para o caminhar
seguro, nebulosa noite e triste
é o caminhar no escuro”