(Um Monge Solitário)
Na cozinha daquela casa,
Encontrei um copo quebrado – desguarnecido.
Naquele cinzeiro cigarro queimado – destruído,
E uma chaleira sem asa!
A comida estava queimada,
No quarto uma cama desarrumada – sem razão.
O céu muito nevolento, tristonho – Mundo cão,
Sem o frescor da madrugada!
Área de serviço sem trabalho,
No alpendre uma cadeira de balanço – vazia
- De quem é a casa, claro – de minha tia,
Havia morrido por um talho!
- E o que fazer agora?
- Os mortos não voltam – vida interrompida.
Missa de sétimo dia? – Ah! Reza perdida,
Por gente maldosa não se chora!
"A gente colhe conforme a semente que se planta".