“As crianças precisam mais de modelos que de críticos”. (Joseph Joubert)
O conteúdo de um texto pode expressar alegria, sonho, afeto, medo, protesto, ou, tudo ao mesmo tempo. Hoje o tema é: O mundo infantil.
Nossas crianças – Estão crescendo rápido, e cedo demais e isso não é bom. É um misto de inocência, confusão, insegurança. Pais permissivos não estão sabendo serem pais. Filmes de TV, tendenciosos, induzem à más atitudes e costumes. A criança ‘se acha’ um adulto em miniatura. Nada a ver! E os aparelhos celulares? Que obsessiva sedução! Favorecem o relacionamento no mundo virtual. Mas enfraquecem a interação na vida real. É a tecnologia digital irreversível. Resumo da ópera: Pai sem filho e filho sem pai. A conseqüência é danosa.
Pais e filhos – Nem sempre juntos no difícil processo de educação. A garotada tem seu ‘tempo e isso não pode ser apressado. Existe sim, um risco de querer acelerar o crescimento precoce, distanciando dos brinquedos, nossos meninos e meninas. E pra complicar, a ausência de regras, limites, gera uma liberalidade para as etapas seguintes da vida. Palmas, aplausos para os genitores, (pai, mãe) que educam de perto os filhos, estabelecendo: ‘Isso pode, isso não pode’. Também sentindo o que o filho sente: “Será que eu teria como meus amigos, os amigos do meu filho?” E o que fazer? Esse é o toque humano, demasiadamente humano e faz parte da formação de uma pessoa saudável. A criança é naturalmente sapeca, brincadeiras são bem-vindas, mas, a autoridade dos pais, é desejável, não o abandono!
Os brinquedos – Estão sendo substituídos pelos frios mecanismos eletrônicos. Smartphones são mais inteligentes que brinquedos, mas desprovidos de sensibilidade. E sem qualquer critério fazem uso doentio e indiscriminado dessa atropelada internet. É total a insubordinação!Usam-na em casa, na sala de aula, no trabalho, dormitório, mesa de refeição... Até os pais seguem o impulso das redes sociais! Que lástima! Dá até vontade de gritar: Oh meu, larga essa coisa aí, por favor!” Bonecas que falavam ‘mamãe’ nem pensar! A menina colocava-a sobre a sua cama como se fosse sua filhinha. O trenzinho elétrico, era uma graça! No jogo de botões faziam campeonatos. Havia até troféus!Os peões de madeira, habilmente manejados. E as bolas de gude? Diversas cores. Jogavam-se horas e horas...Não se percebia o tempo passar. Era só alegria! E os coloridos papagaios(pipas), feitos com varetas e papel de seda. O vento fazia sua parte elevando-os nas alturas, sem o perigo dos ‘ventos cortantes’
Só recordação – Bolas de gude nunca mais! É uma pena, porque a saída é brincar. Brincar é possível, é necessário. Eu acredito! A socialização começa com o brinquedo, firma-se com a autodisciplina e completa-se com a sensibilidade. O brinquedo aproxima as pessoas. O adulto que resgata o respeito e a admiração, não precisa ameaçar, nem amedrontar. Pai que é pai sabe que: “Cada criança que nasce, traz a mensagem que Deus não perdeu ainda a esperança no homem”. A lição prolongada aborrece. O entretenimento agrada e, mais que isso, reverbera positivamente no tempo futuro, do futuro, muitíssimo breve.
Procura-se – Um pai, um professor educador, um cara idealista capaz de resgatar o tempo perdido. Basta ser humano, sensível, para não transformar em desordem o mundo da criança. Precisa compreender que a criança não é um miniadulto. E por não ter queimado etapas, leva uma ‘lição de casa’ para a vida toda: “Tiveram compreensão comigo. Eu vou ter com outras pessoas também”. Pais sabem que, todo menino é um rei, mas as estradas teem espinhos. Deveriam consultar a razão para escutar a ciência. Consultar o sentimento para escutar a virtude. Consultar a consciência para escutar a Deus e não tatear no escuro.
Reflexão – Usamos cores de todas as cores para descrever que não há nada tão difícil quanto, pais conhecerem filhos, e, filhos conhecerem pais. Eles sempre vão ser eternos estranhos em conflito. Na verdade, todos querem conhecer-se mais, contudo ninguém quer pagar o preço. Mas, já é lucro, se não puder ser ‘auto-ajuda’, não seja ‘auto-atrapalha’. Leve mais luz para quem precisa ‘autocuidar-se’. Tocar a vida de alguém não é obra acabada, é conquista diária.
Nota- Pais que são constantes no propósito de educar são perfeitos. A constância é a virtude mediante a qual, frutificam-se todas as demais virtudes.