Na Campa Esquecida

(Um Monge Solitário)

 

Quando Carpindo tu me conduzires

Para a minha derradeira morada,

Não terei mais consciência de nada,

Esperar-te-ei na mansão celeste te amar,

Quando deste mundo também tu partires!

 

Na campa do morgue sonolenta esquecida,

Lá tu me encontrarás no triste silencio.

Espero que tu ao menos por momentos,

Venhas me visitar e sem se lamentar,

Porque o mortúrio não é eterna despedida!

 

Quanto à morte a despedida é irrefutável,

Mas os sonhos não terminam por aqui.

Continuam no espirito eu já bem senti,

Nos meus mais tristes negros sonhar...

Pra quem fica, sente a perda irreparável!

 

Não te leves flores pois estarei num jardim,

Não te leves comida pois não a comerei.

Não te leves bebidas pois não as beberei,

Saibas tu que mesmo da campa fria quero te amar,

Só quero de ti preces e que não esqueças de mim!

 

 

“Quando pensares que és tudo,

já es o nada”.

 

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

Clima Bebedouro

FCTV Web