Dor Astuta

Diác. Antonio Antognolli Sobrinho

(Um Monge Solitário)

01 de Outubro de 2.017.

 

Brincam tranquilos á relva, pássaros da terra,

enquanto que nuvens passam, água destila.

Já cantava David, também cantava a sibila,

gotinhas brilhantes que roçavam o cúme da serra!

 

Às pastagens ao cair da chuva o gado vislumbra

e já agradece a seca terra, qual argila cozida.

Se espera anos fartos, pássaros felizes, comida,

sinal certo das chuvas, é quando o céu retumba!

 

Zombam os símios guaribas, ás folhagens esconde,

ao estrondo primeiro que se ouve no infinito.

Já deles não se ouve sequer um mínimo grito,

não imaginam símios, estrondos vem de onde?...

 

Os meirinhos meus, logo no curral se refugiam,

porque a dor do ouvido, ali pensam que oculta.

Mais que de escorpião a picada, a dor é astuta,

por entre as tábuas do curral, a chuva espiam!

 

“Os devaneios da vida as vezes trazem devassa”

 

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