Meu Mustangue

Diác. Antonio Antognolli Sobrinho

(Um Monge Solitário)

14 de setembro de 2.017

 

Na alcova deserta descansa meu mustangue

sob o doce luar da noite morta.

O ranger de gastos dentes não lhe confrange

fechado claro mundo não importa!

 

Agora sem o descindor, merecido descanso

na leniência da serenada noite.

Da varanda vejo o luar da cadeira de balanço

e dorme o mustangue sem açoite!

 

Adriposo meu mustangue sempre bem cuidado

não tem ele de que se lamentar.

Relinchos felizes solta em avantajados brados

nem eu tenho motivos a reclamar!

 

Junto de mim ancião, outro ancião reclama

de suas avernais tristes dores.

Ele que muito amou na vida hoje vive na lama

dos filhos desprezo, não dão valores!

 

“Enfim a velhice é como um vaso quebrado. Ninguém dá valor somente desprezo!”

 

 

Clima Bebedouro

FCTV Web