Tristesse

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho.

(Um Monge Solitário)

09 de setembro de 2.017.

 

Já descansam dos sapatos as palmilhas,

para os senhores conto tristes historias.

Não tenho nos lábios sorriso que se brilha,

sinto que os pesados anos me esplora!

 

Usando um cajado, já sacra tumba procuro,

dos besantes que usava somente lembranças.

Com minhas vistas encurtadas ando no escuro,

luzes densas não me trazem nenhuma esperança

 

Hoje aqui estou, estes recoditos é meu abrigo,

roupas poucas e apenas um par de sandálias.

Somente uma triste tumba com o bastão persigo,

e que na cruz de madeira cantem as gralhas!

 

Alvitre próprio já não tenho só a solidão...

solidão, a trita companheira que me sonda.

Sei que um dia haverá de parar, frágil coração,

já percebo que a maldita morte me ronda!

 

“Morte, é o fim de tudo mas

quando chega não se dá conta”

 

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