Borbulhar das Aves

Diác Antonio Antognoli Sobrinho

(Um Monge Solitário)

08 de Setembro de 2.017

 

Voam os jaçanãs pelo meu quintal

procurando comer as perdidas jabucas.

Vem eles do mais que imenso lodaçal,

aves espertas não caem em arapucas!

 

Vai-se aves que a vida em si perdura,

de lodaçal em lodaçal sacia a fome.

Bebem das águas mais que impuras...

se encontram um piso logo comem!

 

Alto canta e repete o pitauá na cerra,

o cantar da siriema me entristece.

Não sinto-me absorto nestes gritos de guerra,

calam-se os pássaros, a minha prece!

 

Lá no riacho martim pescador do galho espia

pequenos lambarís e aplica seu bote.

Mas as vezes com suas asas esguias

perde: - se foi com muita sede ao póte!

 

“Não confie nem nos seus filhos”.

(Eclesiástico, 32, 22)

 

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