Lamúrias

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho.

(Um Monge Solitário)

16 de Agosto de 2.017

 

Com voz atenorada arremedava o papagaio,

a cachorrada que ladrava as boiadas.

Que passava por aquela estrada empoeirada,

saudades curto do meu mais que velho pangáio!

 

Lânguido agora já não mais o mar enfrento,

somente o zimbório, minhas lamúrias  atura.

A boiada que espiava da janela é agrura,

não mais vejo passar, que triste lamento!

 

Já não existem os donaires de mi juventude,

na sociedade, minha presença tem tons frios.

À minha frente vejo um mundo mais que vazio,

no canto me espera um bastão, sombra do ataúde!

 

No espelho vejo minha vida vazia e abandonada,

minha voz quase não sai, é sutil a vida.

Sou achacoso, da vida alegre mais que desprovida,

- cabelos brancos, ando encurvado, pele enrugada!

 

“Todo aquele que não via novo, velho pra semente não fica”

 

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