Aguas Dormentes

Diac. Antonio Antognoli Sobrinho

(Um Monge Solitário)

07 de Agosto de 2.017.

 

Águas dormentes que o ambiente perturba,

por que não corres para o mar movedio?

Aguas paradas não tocam moinhos nem encurba,

corras para o mar mesmo que inda tardio!

 

Crescem os salgueiros folhas mortas caem

para o fundo vai, fétido barro lamacento.

Vidas de ti não te encaminhas nem sobressaem,

pobres aves te rodeiam com tristes lamentos!

 

Contemplo a ti mas meu sonho esquivo,

águas dormentes que perturbando inda arrisca.

Excluo-te, dos meus poemas e meus arquivos,

mas sei que quem não se arrisca não petisca!

 

Mais que meus sonhos as sombras bolham,

dos salgueiros, folhas entre árvores tortas.

Morredias outras árvores que se encolham...

Meu ósculo de tristeza vai para as folhas mortas!

 

“Água parada não move moinho e quem fica parado é poste”.

 

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