Ignorado

(Um Monge Solitário)

Euges não recebi por recompensa
apesar de exarar nome na história.
No punir-me sem pedir licença,
os claustros cobriram-me de gloria!

Serpeja a minha mente o poema do saber,
dispenso as safas dos que sabem demais.
No dia derradeiro quero feliz morrer,
tristeza não hei de querer jamais!

Já fui magano quando inda pequenino,
hoje dos sornas quero eu distância.
Que não espalhem a cizânia do destino,
aqueles que vestem a santa ignorância!

Se frutivago ando pelos caminhos,
é porque o destino é mais que incerto.
Contemplo a natureza de mansinho,
e meus poemas são mais que abertos!


“Um cristão verdadeiro deve sentir
os anseios da redenção”
(Guia do Peregrino)

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