Somos únicos!

   É relativamente fácil constatar que somos “únicos” em nossa espécie humana. Embora todos tenhamos a mesma natureza humana, nossas reações, nosso comportamento, nossa sensibilidade e maneira de ver e assimilar as coisas são totalmente diversificados. 

   Quando encaramos a vida com uma nova energia, queremos contagiar a todos com ela. É o que acontece constantemente quando saboreamos um prato especial e gostamos. Queremos que todos o provem, esperando a mesma aprovação, o que nem sempre conseguimos.

   “A boca fala do que o coração está cheio” – diz o texto bíblico. Se estivermos alegres, queremos ver todos felizes. Se estivermos de mal com a vida, tudo nos parece sombrio e triste, até mesmo um lindo dia de sol. Isso também externamos!

   Não raramente, nos esquecemos que as coisas nunca são exatamente como queremos que elas sejam. Por que será? Temos que ser realistas, humildes e observadores. Devemos escutar e colaborar mais, falar e criticar menos. Não podemos exigir do outro a mesma reação que teríamos diante de determinada situação. A realidade pode ser a mesma, porém cada qual vai assimilá-la ao seu modo.

   Todos nós devemos ter consciência de que não somos os “donos da verdade”. Podemos e devemos expor nosso ponto de vista, mas nunca “forçar a barra”. A humildade nos ensina que todos dependem de todos e que, embora “únicos”, nos completamos com as qualidades do próximo e este se completa e se realiza com as nossas qualidades. Nasce aí a solidariedade necessária para a felicidade e a realização da humanidade.

   Vivendo a unidade e a partilha, descobrimos a fonte que sacia nossa sede de ser feliz!

   Deus nos criou para que nos completemos com nossos dons, sempre na partilha e no amor.

 

Cônego Pedro Paulo Scannavino

Paróquia São João Batista

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