Como fazemos nossas orações?

Se nunca rezamos seriamente a Deus, a não ser quando queremos conseguir algo dEle, é compreensivelmente difícil começar a rezar. É inevitável que nossas primeiras tentativas de entrar em alguma espécie de conversa com Ele possam parecer, no início, bastante frias e até mesmo estereotipadas e mais parecidas com um monólogo do que com diálogo. Mas tudo isso mudará com o passar do tempo, se nos mantivermos firmes.

Um dos nossos principais problemas é nos perdermos em busca de palavras e, antes de nos darmos conta, vemos nossa mente invadida por mil distrações. É por isso que o importante é ter como meta sermosdiretos e o mais simples que pudermos nas palavras que usamos.

Lembre-se de que Jesus ensinou que Deus é nossa Pai, e, até, nosso amoroso Papai. Esse foi o motivo de Ele nos dizer que chamássemos Deus de “Abba” – não havendo, assim, necessidade de nos dirigirmos a Ele com frases rebuscadas nem com uma linguagem pomposa, como: “Ó Deus, suplico-vos que, em vossa infinita bondade, vos digneis dirigir-vos ao vosso humilde servo...”. Você sabe do que estou falando! Lembre-se que Jesus criticou severamente os fariseus por agirem assim. Temos que usar, sempre que possível, nossas próprias palavras.

Naturalmente, isso pode ser difícil no começo. Se o for, podemos começar usando palavras alheias, como as orações prontas, transpondo-as, gradualmente, para as nossas próprias orações. É, porém, importante nunca perder de vista o ideal de livrar-se delas o mais rápido possível, assim que pudermos usar nossas próprias palavras.

Há uma coisa absolutamente necessária: desde o início, sermos completamente honestos com Deus. Nada menos que a total franqueza é exigida de nós quando começamos a rezar. Não se esqueça de que Deus nos conhece por inteiro, mesmo antes de abrirmos a boca. Podemos ser capazes de “levar na conversa outras pessoas, mas não de enganar a Deus. Por que, então, tentar? Se você se sentir como uma “uva desidratada”, deve admiti-lo, dizendo a Ele. E se você sente que estaria melhor lendo um jornal ou vendo um filme de ação, não deve fingir o contrário. Coloque isso no coração de Deus e peça que Ele lhe dê o gosto de passar um tempo em Sua presença.

Não é tão difícil encontrar palavras na oração, desde que tentemos falar simples e honestamente aquilo que vai no nosso coração e desde que estejamos preparados para admitir exatamente como nos sentimos.

 

Cônego Pedro Paulo Scannavino

Paróquia São João Batista

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