Qual é a treta?

“A vida é irrepetível! Tem muita sensibilidade, beleza e amor esperando por você. É só querer virar uma página de sua história”. (Oscar Wide)

 

 

Explicação – Treta não é gíria não! Está no dicionário. É um substantivo feminino que representa: habilidade, estratagema, ardil para alguma ação. Então quando alguem disser a você: ‘Broder, qual é a treta?’ Ele quer apenas saber o que você vai fazer! A expressão é mais um gesto carinhoso de aproximação e amizade, do que invasão de privacidade.

 

Ela perto de nós – Um jovem faz aquela saudação: Estende a mão, tocam-se os dedos com aquele tapinha cordial, seguido de um soquinho e ele diz: ‘E aí Valdo, qual a treta para a próxima edição do jornal? Fico feliz! É um leitor. Lê e critica quando necessário, mas me estimula a não deixar o ânimo arrefecer.

 

E qual é a treta? Escrever bem. Então não da para baratear a boa comunicação. Uma redação, seja em sala de aula, ENEM ou Vestibular, exige alguns cuidados. É o que vamos ver.

 

Citações – Procure sempre agregar o poder do saber. Explico. São os créditos de quem pode contribuir para o conteúdo do texto. Exemplo, ao ler um livro encontro: ‘Sábio é o provérbio africano: É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança’. Concordo! Transcrevo em meu texto. Realmente educar é proteger, cuidar, estar presente, tornar os aprendizes conscientes, protagonistas de seus caminhos, seus direitos e deveres como cidadãos. Uma criança precisa mais do que pais e professores no processo educativo. Não causa estranheza a ausência de Deus na vida das pessoas?

 

A boa redação – Tem leveza, simplicidade e qualidade temática. O perigo é perder o foco. O bom texto põe o leitor no meio de sua própria floresta, não em busca de saídas mágicas, mas para que encontre sua mudança comportamental. Esse é o maior desafio da geração contemporânea milenial, com faixa 25 a 35 anos, buscar um refúgio em um mundo imaginário.

 

Outros cuidados – Não pretenda esgotar o assunto, mas tenha rigor e coerência para não ser parcial, nem superficial. Examine diferentes pontos de vista, sem repetir expressões. Algumas pessoas podem achar a escrita longa, cansativa. Depende! Um livro tem centenas de páginas e a leitura é prazerosa.

 

A prolixidade - Prolixo é quem descreve detalhes não importantes. Você pergunta que hora são e ele responde: ‘O relógio foi inventado em... ’ O cara prolixo sobe em uma escadinha para pegar um lenço no chão. Seja claro preciso objetivo. Faça períodos curtos, cinco linhas estão de bom tamanho. A cada módulo do tema, abra um intertítulo. Veja, este texto, tem onze intertítulos. Você não acredita que facilita a  compreensão?

 

Coerência – Ao escrever não perca de vista a espinha dorsal da narrativa. Na introdução apresente a ponta do ‘iceberg’ do conteúdo. Reforce-o no desenvolvimento. Retorne ao mesmo nas considerações finais. Utilize conceitos que você conheça. Se não sabe bem o que significa ‘ser pragmático’, prefira expressar: ‘realista, prático, objetivo’. Rasuras nem pensar! Nada de riscar, raspar, giletar, ‘remontar letras’, branquear, todos são artifícios que enfraquecem e enfeiam o conjunto da obra tornando-a sem requisitos de qualidade. Evite isso!

Criatividade – Quando escrever seja atraído por coisas que nunca foram feitas, que as pessoas ainda não pensaram. Tenha iniciativa e coragem para sugerir alternativas, caminhos. Em sua opinião a bandeira do Brasil está bem assim, ou seria desejável ser modificada? Você pode escrever à Assessoria de Relações Públicas da Presidência da República, em Brasília sugerindo que a legenda da bandeira seja: ‘Ordem, Progresso e Dignidade’. Vai que o pessoal gosta! Você vai até ganhar um passeio a Brasília! Quem não arrisca não petisca!

Considerações finais – Qual é a treta mesmo? Ah, é fazer uma redação com sensibilidade e boa comunicação. Claro, há muitos outros detalhes relevantes. Voltaremos ao assunto. Pode aguardar! As idéias e estratégias são importantes, mas, o verdadeiro desafio é por em prática, é a execução.

Nota – ‘Quem aprende, mas não exercita o que sabe, é como o agricultor que, ara a terra, mas não semeia’. (Sêneca)

 

Antônio Valdo A. Rodrigues

Serra Negra-SP

E-mail: valdo11rodrigues@yahoo.com.br

 

 

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