Acertar mais... (é errar menos)

“Estamos todos imersos em erros e fraquezas. Perdoemo-nos reciprocamente as nossas tolices, eis a primeira lei da natureza”. (Voltaire)


A juventude e a velhice são duas extremidades de uma mesma vida que fazem a existência ser divertida, provocante, comovente. A juventude dá um tom contagiante à vida, mas tem pressa. A maturidade melhora a capacidade de compreensão, mas a vida continua sendo atraente pelo desconforto. E logo vem a solidão como forma discreta de ressentimento. Tambem, se a vida desse todas as respostas ela ficaria monótona.

Vivemos no universo no qual há momentos de glória, de vergonha e de dor, com sonhos que se transformam em decepção. A vida é assim mesmo, deveríamos acertar mais e errar menos, mas estamos mergulhados em um mundo de erros e fraquezas. É o que vamos ver de perto, com as palavras de Michael Quoist, no texto: “Súplica da Noite”.


“Termina o dia e qual teria sido a nossa proposta de vida? Foi cansaço, perdão, esperança, alegria. Será que podemos afirmar que vivemos um dia de graça e paz?

Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão. Obrigado tambem pelos ‘micos que paguei’ e me ajudaram a ser mais zeloso, cuidadoso e responsável com minhas atitudes. Obrigado, quando nos momentos de desânimo lembrei-me que tenho um ‘Pai’ que me olha. Obrigado pela noite, porque sem ela a luz não teria a sua razão de ser. Obrigado Pai, porque me deste a oportunidade de construir uma família.

Termine o dia, perdão pelo meu rosto carrancudo, quando eu deveria sorrir mais aos queridos que estão ao meu lado. Perdão porque em mais um dia não me lembrei que sou irmão de muitos. Perdão porque ‘embacei’ a esperança de um amigo que me revelou um sonho a realizar e não percebi ser aquela a única alegria que o fazia feliz.

Perdão por ter sido tão egoísta, por ter guardado só para mim o carinho que recebi de tantas pessoas, quando deveria transbordar um pouco aos que necessitavam. Perdão por ter ofendido a alguem e não ter tido a humildade de desculpar-me.

Por tudo isso Pai, faça com que o dia de amanhã seja diferente, bem diferente para que eu possa acertar mais e errar menos”.


Em outras palavras, cada dia que termina, leva um pouco de nós, mas deixa muito de si nas palavras cortadas, nos três pontinhos, nas entrelinhas, sugerindo sempre a esperança de um eterno recomeçar.

Termina o dia e quantas pessoas passaram por nós e disseram com gesto, olhar, abraço, palavra, beijo: “Desculpe-me, mas eu te amo muito”. E nós insensíveis, prosseguimos com nossa jornada e nem tivemos tempo para entender as belas revelações de amor. Enfim, termina o dia, ‘fecham-se as cortinas’ e um pouco de vida realmente deixa de existir. Percebemos a impossibilidade de termos respostas para tudo, principalmente porque, quando pensamos que já sabemos todas as respostas, a vida vem e muda todas as perguntas. Assim diz o refrão: “Viver é uma eterna aprendizagem”. A vida pode estar adormecida, mas sempre ávida a reiniciar.


Reflexão – Acertar mais e errar menos esse é o caminho. Constantemente somos ensinados a acertar mais. O mundo é uma estrada que mostra o caminho, mas, é Deus quem nos ensina a caminhar. E isso vai ser do jeito que Ele prefere e essa é a melhor forma.

No dizer de S. Freud: “A depressão é a ausência de você mesmo”. E quem tem ausência de si mesmo é porque tem um deus que não lhe está dando respostas. Deus que é Deus de verdade, sempre tem um propósito em todas as coisas, para uma recompensa futura.

Estabelecido este panorama podemos fazer uma analogia entre o homem e a figueira. A figueira é uma árvore que tem raízes profundas. São alicerces para sustentar seus galhos, seus frutos. Assim é o homem, suas raízes são os acertos, seus frutos são os bons resultados que se tornam realidade e dão significado à vida. Victor Hugo diz assim: “Os olhos só através das lágrimas é que veem bem a Deus” Esse é o preço do amor. Pague-o! Primeiro verdades, depois resultados!


Antônio Valdo A. Rodrigues
Clima Bebedouro

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